Por Nina Ramos - Postado por Abraao Na Rede

FAMOSIDADES

RIO DE JANEIRO - Para quem acompanha o “Big Brother Brasil”, seja por diversão ou obrigação, a sensação que se tem quando o programa acaba é um vazio gigante. Vazio bom e ruim, ao mesmo tempo. Podem negar o quanto quiserem, mas faz muita falta trocar de canal para o pay-per-view e conferir o que os candidatos ao prêmio de R$ 1,5 milhão estão fazendo, comendo, dançando, aprontando...

Eu brinco dizendo que o programa tem fases. É como um namoro. No começo, é tudo novidade, você está conhecendo a pessoa, tentando captar seus defeitos, mas dando atenção apenas para as qualidades. É tudo azul. Daí vem o drama. Ah, o drama... É sempre bom para eliminar as coisas que atrapalham a relação, colocar o preto no branco e filtrar o que quer levar para o futuro. No final, o amor volta a reinar, tudo vira um mar de rosas e sobra saudade do período inicial.

A relação entre público fiel e o “BBB” também é assim. Quando o programa dá seu start, é a hora de conhecer cada rostinho, criar os primeiros laços, traçar estratégias – mas sem ferir ninguém. Depois, a paciência vai ficando escassa. Uma dose a mais em uma festa e pronto. Drama. Daí temos brigas, indicações, eliminações recordes, complôs... Uma verdadeira loucura. E no final, só resta saudade.

O “BBB 11”, assim como os últimos anos, deu a sensação de desgaste. Em janeiro, quando o programa começou, nunca se viu tanta mudança e novidade – para buscar a audiência perdida? Isso causou confusão também. As provas estavam bem semelhantes. Ah, até o Jota Quest, que tocou nesta final de terça-feira (29), é figurinha repetida no palco (eles tocaram na final do “BBB 4”). Fórmula desgastada? Isso é história para outra pauta.

O fato é que a repórter que vos escreve dá o braço a torcer. No início, o “BBB” estava chato, lerdo, com diferenças que não engatavam ou paravam no meio do caminho (como foi a história do Sabotador). Mas alguns participantes marcaram sim a edição. Assim como foi com Íris e Diego Alemão, com Leca e até com Tina, Maria carregou o “BBB 11” nas costas e vai ser lembrada por muito tempo. E não só por ter faturado a bolada de R$ 1,5 milhão.

Vários já falaram, mas eu repito: Maria quebrou diversas barreiras. E foi muito mais com mulheres do que com homens. Mulheres têm o poder e conseguem eliminar uma pessoa só porque acham que a talzinha tem o corpo incrível e vai ganhar dinheiro posando nua. Ou então porque ela é demais de safada e se oferece demais para os homens.

Maria fez tudo isso e mais um pouco e conseguiu levar a melhor. A ingenuidade e o desprezo sofrido por Mau Mau, claro, fizeram toda a diferença. Bial não confessou, mas eu aposto um cinema do Líder que ele estava do lado da paulista na final, assim como o Big Boss Boninho. E tinha como não estar?