Para Alberto Goldman, ‘não foi um homicídio simples’.
Corpo de Braz Paschoalin é velado em ginásio da cidade.
(de branco) recebe condolências
(Foto: Roney Domingos/ G1)
O governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse acreditar que “há interesses” por trás da morte do prefeito de Jandira, Braz Paschoalin, assassinado a tiros na porta de uma emissora de rádio na cidade da Grande São Paulo, na manhã desta sexta-feira (10). Desde o fim da tarde, o corpo do prefeito é velado em um ginásio, onde Goldman esteve por 20 minutos.
“Esse caso não foi um homicídio simples, de uma pessoa contra a outra, por qualquer razão fútil, mas certamente deve haver interesses atrás disso”, afirmou o governador, que chegou ao ginásio às 18h20. Segundo ele, Jandira fica em uma região “com índices de violência elevados”. “É um combate permanente que temos de fazer”, disse Goldman.
Ele contou que conhecia Paschoalin havia 20 anos e se referiu a ele como “um amigo”. “É algo (o crime) que não pode ficar impune. As investigações se iniciaram. Existem alguns passos dados, mas seria cedo para fazer alguma afirmativa. Mas acredito que em curto espaço de tempo teremos a descoberta dos culpados e dos responsáveis”.
Para o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira, que também esteve no velório, a morte de Paschoalin foi encomendada. “Foi um crime covarde e parece que tem motivações políticas evidentes, que foi um crime encomendado. Isso não é fruto do acaso”
Investigação
Ao longo desta sexta, a polícia deteve quatro pessoas por suspeita de envolvimento na morte de Paschoalin. Ele estava acompanhado do seu segurança e motorista. O rapaz foi baleado e pode estar internado em estado gravíssimo no Hospital das Clínicas de São Paulo. A assessoria de imprensa do HC disse que um paciente tem as características do motorista, mas chegou sem documentos de identidade.
Goldman informou que esteve com o prefeito “há poucos dias” e ouviu dele o pedido para a construção de um pronto-socorro infantil em Jandira. “A gente estava estudando exatamente essa solicitação”, revelou o governador.
Paschoalin morreu quando chegava à Rádio Astral FM, onde todas as sextas-feiras participava de um programa de entrevistas, no qual ele respondia perguntas de ouvintes. O barulho produzido por cerca de 15 disparos que mataram o prefeito puderam ser ouvidos ao vivo por quem acompanhava a programação da Rádio Astral FM. O presidente da associação que administra a rádio da cidade, Fernando Silva, estava apresentando a última reportagem do jornal, às 7h57, quando se ouviu os tiros. Uma adolescente de 17 anos presenciou o crime e foi ouvida pela polícia.
Vestígio de pólvora
Exames residuográficos comprovaram a existência de resíduos de pólvora nas mãos de dois dos quatro homens detidos, segundo informou o delegado do setor de homicídios da delegacia seccional de Carapicuíba, Zacarias Katzer Tadros.
De acordo com o delegado, há "elementos suficientes" para que seja pedida a prisão temporária dos quatro detidos pela polícia, nas investigaçõe que apuram o crime. "Todos os quatro são muito conhecidos da polícia. São membros de uma facção criminosa e possuem uma extensa ficha criminal", disse o delegado.
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