Por Uol - Postado por Abraao Na Rede
Após quase quatro meses de uma intensa disputa, o Flamengo
decidiu qual a fornecedora de material esportivo que pretende ter nos
próximos anos. A Adidas
superou a concorrência da Olympikus e está perto de fechar um contrato
de dez anos com rubro-negro. No entanto, o clube da Gávea ainda terá que
superar outras batalhas, com a atual parceira e os opositores da
política interna, até finalmente assinar o acordo que renderá R$ 350
milhões aos cofres da Gávea.
Após definir que aceitaria a proposta da empresa alemã, a
diretoria rubro-negra se esforça para acertar uma rescisão com a atual
fornecedora de material esportivo sem ter que pagar os cerca de R$ 35
milhões de multa. Com contrato até o fim de 2014, no entanto, a Olympikus não pretende abrir mão do montante.
Procurado pela reportagem do UOL Esporte para comentar a decisão do
Flamengo, Túlio Formicola, diretor executivo da Olympikus, não quis dar
muitos detalhes sobre uma possível rescisão e resumiu o pensamento de
sua empresa.
“Não quero falar
para não entrar em polêmica. Só digo que tenho um contrato até 31 de
dezembro de 2014. Essa é a única coisa que eu preciso ressaltar”, disse,
dando pistas que não pretende romper com o Flamengo antes disso.
Responsável pela negociação do clube com a Olympikus, o
vice-presidente do Flamengo, Hélio Ferraz, confirmou a opção pela Adidas
e confirmou a negociação para tentar um rompimento sem traumas com a
atual fornecedora. “Está razoavelmente claro que a Adidas tem valores
melhores para o clube e optamos por isso. Temos agora que resolver com o
outro lado. Estamos conversando e negociando isso com calma, para que
tudo se resolva bem”, revelou o cartola, que foi a São Paulo nos últimos
dias para reuniões com representantes da Olympikus.
Apesar da tentativa de uma rescisão amigável, o clima não é
dos melhores entre as partes. A atual fornecedora interrompeu as obras
do museu do Flamengo e o pagamento de jogadores como Vagner Love, que tinha parte do seu salário bancado pela Olympikus.
A outra briga para fechar o novo contrato de dez anos é com membros
opositores do Conselho Deliberativo do clube. Liderados pelos candidatos
à presidência Walin Vasconcellos, Ronaldo Gomlevsky e Jorge Rodrigues,
os rubro-negros que não apoiam Patricia Amorim entendem que a mandatária
não pode assinar um acordo a longo prazo em véspera de eleição.
“Isso não é ético. O próximo presidente ficará engessado, com um
contrato a cumprir. Precisamos rever essa situação”, disse Rodrigues.
“Os valores são bons hoje, mas podem sofrer correções depois. Não
podemos aceitar as condições impostas”, argumentou Gomlevsky.
Atualmente, o clube tem um contrato de aproximadamente R$ 25 milhões
por ano com a Olympikus. Além disso, a fornecedora de material esportivo
incentivou a construção de um museu, da mega loja na Gávea e ajuda nos
vencimentos de alguns dos principais jogadores. A Adidas, por sua vez
promete pagar R$ 35 milhões por ano.
“Temos a nossa posição, mas a decisão final, de todos os aspectos, ficará com o Conselho Deliberativo. Vamos aguardar e respeitar”, encerrou o vice Hélio Ferraz.
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