Por GloboEsporte.com - Postado por Abraao Na Rede
Diretor de futebol se surpreende e se revolta com informação sobre possível encontro do vice de finanças com o jogador
Zinho quer ter uma conversa séria com Michel Levy. A informação sobre
um possível encontro do vice de finanças com Riquelme, nesta
terça-feira, em Buenos Aires, surpreendeu e irritou o diretor de
futebol. Questionado sobre o assunto durante entrevista no Ninho do
Urubu, o dirigente negou.
- Não tem nenhuma possibilidade de o Levy ter sentado com o Riquelme. Nenhuma. Impossível. Michel Levy está em uma viagem
particular. Ele tinha esse compromisso com o filho dele. Não tem nada a
ver com especulação. Desde que entrei aqui, Michel me ajuda, eu ouço as
pessoas, mas quem decide sou eu, Coutinho (Paulo César, vice de
futebol), com a autorização da presidente (Patricia Amorim).
Encerrada a coletiva, Zinho telefonou imediatamente para
Levy, que ainda está na Argentina. No estacionamento do CT, disse ao
dirigente que havia passado por uma situação constrangedora e quis saber
se a reunião havia ocorrido, como publicou um portal na internet. Levy, que a exemplo de Zinho nunca foi entusiasta da contratação de Riquelme, negou.
- Levy, você sentou com o Riquelme hoje aí? Levy, me perguntaram isso
na entrevista coletiva, diante das câmeras, e eu fiquei numa situação
constrangedora. Se isso aconteceu, eu tenho que pedir demissão. Você vai
voltar, nós vamos os dois dar uma entrevista coletiva e você vai
desmentir tudo – disse Zinho.
Encerrada a ligação, que durou pelo menos 20 minutos,
Zinho dizia aos assessores de imprensa do clube, ao vice de futebol
Paulo César Coutinho e ao advogado André Galdeano que Levy seria
cobrado.
- Ele vai ter que se explicar.
O diretor afirmou por mais de uma vez, e repetiu nesta terça, que ele
não fez qualquer contato com Riquelme ou representantes do meia desde
que o jogador de 34 anos decidiu deixar o Boca Juniors, após a final da
Taça Libertadores.
- O Riquelme teve uma reunião com o presidente do Boca, mas ele ainda
não é um jogador livre. É até incorreto falar de um atleta que tem
vínculo com outro clube. Ele tem contrato de mais dois anos com o Boca.
Estou respondendo uma coisa que não existiu. O Riquelme é um belíssimo
atleta, belíssimo jogador, mas não é um jogador que estou tratando nada –
explicou, ainda na sala de entrevistas.
Zinho vive o momento
mais difícil desde que assumiu o cargo de diretor de futebol do
Flamengo, há pouco mais de dois meses. Além de ainda não ter conseguido
contratar um reforço para o meio-campo, o vazamento de informações tem
deixado o dirigente preocupado e contrariado. Em todas as reuniões com
outros dirigentes, ele pede que as negociações do clube não sejam
divulgadas. Tanto que ele decidiu que não fará nenhum comentário sobre
nomes. A situação o faz sentir saudades do tempo de jogador.
- Era muito fácil jogar. Muito mais. Estou tentando trabalhar com
clareza, transparência, estou doido para resolver essa situação (fazer a
ligação para Levy). É uma coisa muito grave, muito séria. Desde o
primeio dia que entrei aqui (11 de maio), vocês estão vendo a minha
postura. Agora estou tentando preservar nomes. Se o negócio acaba não
saindo, é melhor. Como não foi falado, a cobrança é menor.
Ele voltou a dizer que dificilmente algum jogador será contratado até
a sexta-feira, data do fechamento de transferências internacionais. A
partir daí, o trabalho ficará concentrado no mercado nacional, o que
também não garante que um reforço de peso chegará. A chance de o
Flamengo ficar sem o camisa 10 esperado pela torcida é grande.
- Pode ser muito grande, mas amanhã pode ter um jogador aqui. Futebol
é muito dinâmico. Mas é bem difícil. Não está fácil. A gente tem que
falar a verdade. Tentamos fazer negociações que esbarraram na parte
financeira. O trabalho está sendo feito, mas temos que trazer jogadores
para resolver. As apostas já foram feitas. Financeiramente está muito
difícil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário