Parecia inimaginável, mas quatro meses depois de fazer o gol do título brasileiro que o Fluminense não conquistava há 26 anos, Emerson vai deixar as Laranjeiras pela porta dos fundos, numa despedida sem saudades.
Nem pra ele, nem pro clube.
A pessoas próximas, Emerson vivia se queixando, mesmo antes do afastamento. O Sheik considera a estrutura precária e bagunçada e não gosta do atual presidente, Peter Siemsen. Era comum dizer entre amigos que “não estava com saco nenhum para jogar futebol”.
A relação azedou de vez quando o jogador faltou a um treino sem justificativa e depois se atrasou em outro, e foi colocado para treinar separado.
No episódio em Buenos Aires, Emerson cantou a música do rival Flamengo, mas alega que foi em meio a outras, que pipocavam aleatoriamente em seu MP3 player.
O Fluminense não quer mais o jogador, e Sheik, claro, não quer mais ficar.
Nos últimos dias, Emerson tentou viabilizar uma volta ao Flamengo. Sondou a quantas anda seu cartaz na Gávea, depois de preferir o rival das Laranjeiras em 2010 por um salário mais alto. Descobriu que o fato ainda gera grande resistência, e soube que pelo menos um nome de peso rubro-negro vetou sua contratação. Desistiu.
O Vasco tem algum interesse, mas o alto custo do Sheik – que recebe quase 300 mil mensais no Flu – somado à provável renovação de contrato com Éder Luis, pode inviabilizar o negócio. Emerson daria preferência por São Januário, já que gostaria de ficar no Rio de Janeiro e na infância era vascaíno, como o pai.
Mas no momento o destino mais palpável parece ser em outro estado. Emerson foi consultado por Santos, São Paulo e Grêmio. No primeiro, seria comandado por Muricy Ramalho, que recentemente elogiou seu comportamento na época de Fluminense, mesmo tendo frequentado mais o departamento médico do que o campo.
Os próximos dias serão decisivos.
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