Por O Dia - Postado por Abraao Na Rede
O reinado de Zico no Flamengo foi marcado por duelos memoráveis com Roberto Dinamite. Ídolo maior da história do Vasco, o atacante
sempre foi uma sombra na trajetória vitoriosa do Galinho de Quintino.
Rivalidade que ficou só dentro do Maracanã. Na véspera dos 60 anos de
Zico, Dinamite fez questão de reverenciar seu antigo rival, hoje
parceiro.
“Acima de qualquer rivalidade, foi muito bom jogar contra o Zico. Era
uma motivação a mais saber que do outro lado havia um jogador que
poderia desequilibrar a qualquer momento. Quero parabenizá-lo e desejar
paz, saúde e sucesso em sua vida”, disse o presidente do Vasco.
Protagonistas dos principais duelos do futebol carioca nos
anos 70 e 80, Zico e Dinamite tiveram curiosamente uma trajetória
parecida no início de carreira. Subiram para o profissional no mesmo
ano, 1971, eram capitães de seus clubes e goleadores natos. E, cinco anos depois de estrear no profissional, a dupla se encontrou na seleção brasileira.
“Na Seleção, tivemos a oportunidade de jogar em 76 e 77. Foi sempre
um prazer jogar com o Zico, pela qualidade que tinha, pelo talento, sua
visão de jogo. Foi muito legal. Só lamento não ter jogado com ele a Copa
de 82, mas são coisas do futebol”, lamentou Dinamite, que, apesar de
fazer parte do grupo da Seleção no Mundial, não disputou nenhuma
partida.
Perguntado sobre os jogos mais emocionantes contra Zico, Dinamite elegeu a final do Campeonato Carioca de 1981.
“O Flamengo tinha naquela época o melhor time de sua
história. Vencê-los era muito difícil, ainda mais ganhar duas vezes
seguidas. Assim também como era muito difícil bater o Vasco três vezes”,
relembrou. “Mas conseguimos. Fiz os dois gols
do primeiro jogo e, no segundo, marquei aos 43 do segundo tempo, quando
a torcida do Flamengo já gritava é campeão. A gente poderia ter chegado
lá se não fosse o ladrilheiro que invadiu o campo no terceiro jogo
(vitória do Flamengo por 2 a 1)”.
Trinta e dois anos depois, o respeito e a admiração pelo Galinho
continuam bem vivos: “Quando a bola rolava, a rivalidade era do primeiro
minuto até o fim, mas sempre de uma forma saudável. Havia respeito e ao
mesmo tempo admiração. Nunca precisamos criticar um ao outro. Eu quero
dizer que esse duelo me honrou muito”.
Mais do que honra, Dinamite coloca o Galinho na galeria dos maiores craques do futebol brasileiro.
“Ele era completo. Inclusive, depois de Pelé, foi o mais completo que já existiu”, disse à “TV Fla”.
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