Por GloboEsporte.com - Postado por Abraao Na Rede
Advogada do grupo esclarece que decisão noticiada na segunda-feira apenas suspende as penhoras ainda não executadas por 30 dias
As penhoras do Consórcio Plaza sobre as receitas do Flamengo continuarão.
É o que asseguram os advogados do escritório Siqueira Castro, que
cuidam do caso pelo consórcio. De acordo com a advogada Daniela
Domingues, a decisão da desembargadora Lúcia Maria Miguel da Silva Lima,
da 12ª Câmara Cível do TJ-RJ, noticiada na segunda-feira pelo blog
Primeira Mão, do GLOBOESPORTE.COM, se resume a uma suspensão das
penhoras ainda não executadas por 30 dias para que se possa organizar,
por um administrador judicial, o que já foi pago e o que ainda falta
pagar.
Pelo cálculo dos advogados do consórcio, a dívida atual gira em torno
de R$ 50 milhões, visto que o clube já teve R$ 13 milhões em receitas
penhoradas. Domingues explicou que a decisão da desembargadora não
interfere nas penhoras já concluídas, apenas nas que ainda não foram
cobradas, que ficam suspensas por 30 dias para que seja nomeado um
administrador isento para calcular o montante devido. Consultado, o
Flamengo confirmou somente que as penhoras estão suspensas.
- A desembargadora mandou nomear o administrador em 2008,
quando o Flamengo contestava os valores. Só agora, cinco anos depois, o
clube veio reclamar que não houve a nomeação em mais uma manobra para
impedir o pagamento
da dívida. O que aconteceu foi isso. O Flamengo pediu a suspensão de
todas as penhoras, mas a desembargadora só concedeu a suspensão por 30
dias das que ainda não foram executadas. – explicou a advogada Daniela
Domingues, do escritório Siqueira Castro, que representa o Consórcio
Plaza – explicou a advogada.
Entenda o caso
O problema começou em 1996, quando Kléber Leite era o
presidente do Flamengo. O montante se refere a uma dívida, que o clube
não reconhece, contraída com um empréstimo de R$ 6 milhões feito junto
ao consórcio, que arrendaria a Gávea por 25 anos para a construção de um
shopping. O dinheiro foi aplicado, na época, na contratação do atacante
Edmundo. Desde o início da ação, em 2002, o Flamengo alega que os R$ 6
milhões foram doados ao clube, e não emprestados. A Justiça deu ganho
de causa ao consórcio em primeira e segunda instâncias, mas o Flamengo
ainda pode tentar levar o caso para Brasília. Apenas em janeiro deste
ano foram penhorados cerca de R$ 5 milhões, incluindo mordidas nos novos
contratos com Adidas e Peugeot.
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