Líder do elenco corintiano, zagueiro promete ajudar Adriano, mas avisa que não aceitará falhas como faltas e atrasos aos treinamentos
Chicão em entrevista no Timão (Foto: Ag. Estado)
Adriano tem em seu contrato com o Corinthians cláusulas que o punirão em caso de mau comportamento. Mas não será apenas no bolso que o Imperador sentirá o peso por suas possíveis trapalhadas. Dentro de campo, os líderes do grupo não querem saber de regalias, como ocorria no Flamengo. É o capitão Chicão quem avisa: o centroavante responderá por seus deslizes.
- Fora de campo, a vida dele não nos preocupa. Cada um sabe o que faz. Ele será cobrado se atrasar ou faltar. Isso já é dentro de campo. Não podemos deixar que aconteça. Se acontecer, vamos conversar para resolver da melhor maneira possível – afirmou o defensor.
Durante o processo de negociação com Adriano, alguns jogadores foram questionados se aprovariam ou não a vinda dele. As respostas se dividiram. Pesou o poder de convencimento de Ronaldo e do presidente Andrés Sanches.
Chicão é um dos poucos remanescentes da equipe corintiana que disputou a Série B e, por isso, se transformou em um dos mentores do elenco. Titular absoluto há quase quatro anos, o jogador herdou a braçadeira de capitão assim que Ronaldo anunciou a aposentadoria. Ele e Alessandro, outro que estava na Segundona, são os “cabeças” do grupo.
O bom relacionamento entre os jogadores, aliás, sempre é destacado pelo técnico Tite nas entrevistas coletivas. Problemas de atraso ou falta dos treinamentos praticamente não acontecem. As normas são cumpridas tão à risca que não há sequer o pagamento da famosa “caixinha” para quem não chega no horário.
- Não me lembro de ninguém que tenha se atrasado. Isso é a responsabilidade de cada um – ressaltou.
Apesar do recado, Chicão prefere dar um voto de confiança a Adriano e acredita que ele se empenhará bastante para retornar rapidamente aos gramados. O Imperador vem se recuperando de uma cirurgia no ombro direito. Na próxima semana, ele estará em São Paulo para dar sequência ao tratamento. Existe a possibilidade de ser escalado na estreia no Brasileiro, dia 22 de maio, contra o Grêmio, em Porto Alegre.
- Vi que ele está se empenhando para fazer o tratamento no ombro. Ele ainda vai trabalhar muito. Temos que respeitá-lo e ajudá-lo bastante – disse Chicão.
O zagueiro, aliás, já enfrentou Adriano. Foi em 2008. Na ocasião, o Imperador atuava pelo rival São Paulo e chegou a marcar, de cabeça, em um clássico no Morumbi, pelo Paulistão. O árbitro, porém, anulou, alegando falta do centroavante sobre o zagueiro William.
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