Por Lancepress - Postado por Abraao Na Rede
Antes mesmo de tomar posse efetivamente da gestão do
Flamengo, o grupo dos executivos, do futuro presidente Eduardo Bandeira,
deu um grande passo para conseguir um resultado importante para a
prometida guinada do clube. O contrato com a Adidas , o melhor contrato
de fornecimento de material esportivo
do país, que será votado pelo Conselho Deliberativo nesta quarta-feira,
foi melhorado em vários aspectos após negociações do novo departamento
de marketing, comandado pelo futuro vice de planejamento e marketing,
Luiz Eduardo Baptista. A De Prima apurou que cerca de dez pontos do
documentos foram alterados à favor do clube.
E o valor
das bonificações por conquista de título foi uma das modificações
importantes feitas nas conversas nos últimos três dias e podem turbinar
ainda mais o polpudo valor de R$ 363 milhões até 2023. Pelo acordo de
antes, feito pelo marketing de Patricia Amorim, o Flamengo só ganharia
cerca R$ 750 mil caso vencesse a Libertadores. Agora, porém, a verba
saltou para R$ 2 milhões caso o time levante o caneco. Os valores de
todos os títulos foram aumentados.
Outra cláusula que
estava gerando discussão entre as partes era sobre o limite de
patrocínio que estamparão a camisa do Flamengo a partir de maio de 2013.
Antes acordado com somente duas marcas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e
sua equipe conseguiram convencer os dirigentes da multinacional que era
impossível diminuir um terço do número dos espaços de uma só vez. Pelo
que foi fechado, o clube poderá acertar com três empresas e , caso for
necessário, implantar o sistema de rodízios, ainda não confirmado pela
nova diretoria. Este processo, porém, não agrada à empresa.
Um
dos detalhes que mais causavam preocupação à nova diretoria era a
provável defasagem dos R$ 35 milhões nos últimos cinco anos. O que
parecia problema, virou solução após as conversas praticamente
encerradas nesta segunda-feira à noite. Conforme foi tratado, este valor
sofrerá um reajuste mínimo de 10% a partir do sexto ano, o que dá uma
garantia mínima ao clube de que o valor não ficará ultrapassado nos
últimos anos do acordo.
Os dois lados adotam cautela e evitam
dizer que o assunto está encerrado, o que deve acontecer após a votação
do Conselho Deliberativo. O contrato, amplamente discutido com as forças
políticas influentes dentro do Flamengo, não deverá ter dificuldade
para ser aprovado.
– É verdade. Vamos levar o contrato para ser
votado no Deliberativo. Mas só será assinado se for aprovado.
Concordamos com os termos e isso será encaminhado quarta-feira para o
conselho. Agora temos que esperar para ver como será a análise – disse o
presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira, ao L!
A
grande virtude desta nova diretoria foi não deixar se pressionar por
prazos, principalmente o de pagamento da multa rescisória da Olympikus,
que se encerra nesta sexta-feira. Outro fator era o tempo mínimo que a
Adidas precisava para confeccionar os materiais esportivos.
Mesmo com um contrato valorizado, com altos valores e com o clube
financeiramente atolado em dívidas, Luiz Eduardo Baptista teve frieza
para negociar melhorias para o contrato e, consequentemente, retirar do
documento o que o clube não poderia cumprir. Diferentemente do que
aconteceu com o acordo com Ronaldinho, feito às pressas, e que acabou
gerando um imbróglio na Justiça.
Se o contrato for
aprovado no Deliberativo, o Fla ganhará em janeiro cerca de R$ 32
milhões de luvas. O acordo será válido a partir de maio do ano que vem.
Nos primeiros cinco anos o clube receberá R$ 30 milhões. Nos últimos
cinco, receberá R$ 35 milhões (com uma valorização de 10%).
- Está
convocada a reunião para o contrato ser discutido. A nova diretoria
negociou o contrato com a anuência da Patricia Amorim. Foi conseguido
algumas modificações – explicou Delair Dumbrosck.
Outro ponto forte do contrato é a internacionalização da marca do Flamengo. Segundo o acordo, a Adidas
colocará pela primeira vez um clube da América Latina entre os clubes
Classe A, o que deixa o clube com direitos parecidos com Real Madrid,
Chelsea, Milan e Bayer de Munique. As camisas rubro-negras estarão
disponíveis nos maiores mercados consumidores.
Ao
menos o fornecimento de material esportivo pode ser o mesmo daquele
Flamengo campeão do Mundial Interclubes de 1981, referência da nova
gestão do presidente Eduardo Bandeira
e dos executivos Wallim Vasconcellos, Luiz Eduardo Baptista, Flávio
Godinho e Rodolfo Landim, que formaram a Chapa Fla Campeão do Mundo. A
primeira boa jogada está próxima de terminar em gol. Agora só resta
aguardar os próximos passos.
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