Por ESPN Brasil - Postado por Abraao Na Rede
Enfim, rubro-negro. Anunciado oficialmente como reforço do Flamengo, o meia-atacante Carlos Eduardo já agiliza
a viagem para chegar ao Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira, o jogador
desembarca na cidade, realiza exames médicos e, depois, retorna a Porto
Alegre. A apresentação do novo camisa 10 do Flamengo deve ser realizada
apenas na próxima semana. Gentil, o novo reforço rubro-negro atendeu à
reportagem do ESPN.com.br para falar sobre a expectativa de chegar ao
novo clube e voltar a jogar com frequência. Na cabeça, o sonho de vestir
a camisa 10, conquistar a torcida e voltar à seleção brasileira a tempo
de disputar a Copa do Mundo em casa.
Qual o sentimento nesta chegada ao Flamengo?
Sentimento de felicidade. Todo jogador sonha em jogar no Flamengo. É
uma oportunidade única de mostrar meu futebol e coisas ainda maiores que
podem vir.
Como a seleção brasileira?
Também. Tenho um objetivo muito grande que é Copa do Mundo. Mas jogar no Flamengo é um sonho. É o maior clube do Brasil e se eu me doar ao máximo a tendência é ter essa oportunidade.
E a responsabilidade de vestir a camisa 10, assusta?
Responsabilidade eu tive desde pequeno. Saí de casa com 13 anos para
jogar futebol. Como eu disse, estou tento uma oportunidade única de
vestir essa camisa 10 que teve Zico, Ronaldinho. Estou preparado, já
vesti a 10 da seleção brasileira e correspondi.
Conhece o elenco rubro-negro, ao menos alguns atletas?
Joguei com o Elias na seleção. Quando era jovem joguei contra o Ramon
nos Gre-Nais. Conheço muitos pelo nome e espero que possa conhecer
ainda melhor agora que estou chegando no clube.
Muito se falou que a relação do diretor-executivo de futebol
do Flamengo, Paulo Pelaipe, com você e seu empresário, Jorge Machado,
ajudou na sua contratação. Verdade?
Pelaipe é um cara que admiro muito desde que cheguei no Grêmio.
Conheço o futebol, a pessoa que ele é e ajudou bastante nessa minha ida
para o Flamengo. Estou muito feliz mesmo em poder trabalhar novamente
com uma pessoa como ele no futebol.
Qual projeto lhe foi apresentado pela diretoria rubro-negra e que lhe atraiu?
É uma nova diretoria, séria, que quer reerguer o clube. Flamengo é
um clube muito gande, conhecido no mundo todo. O que pesou mais mesmo
foi a diretoria nova. O próprio treinador, Dorival Júnior, me ligou para
conversar várias vezes sobre as ideias, o papo foi bom. Isso foi
importante.
As notícias que chegam ao Brasil dão conta que você pouco
jogou na Rússia e está há muito tempo parado. O quê há de verdade nessa
história?
Cheguei no Rubin Kazan e fiz uma estreia sensacional. Depois joguei a
Champions League e tive um problema no tendão. Recebi um diagnóstico no
Brasil que era necessária uma operação. O médico do Rubin Kazan falou
para não operar, fazer um tratamento regenerativo na Alemanha e foi me
enrolando. Depois, ele disse que eu tinha de operar. Era para ter feito a
cirurgia antes, em quatro meses poderia jogar. Perdi um ano de bobeira
com isso. Foi uma tendinite no tendão patelar e segui jogando com dores.
Chegou um momento no qual não conseguia mais. Sentia muita dor, minha
perna estava fraca. Então operei e fiz a minha reabilitação no Grêmio,
voltei e joguei alguns jogos na Europa. Mas estava triste lá, não
coneguir jogar direito. Conversei com o treinador numa boa e fui
liberado. Graças a Deus consegui esse empréstimo.
Além de Flamengo, Fluminense, Santos e Internacional buscaram a sua contratação. Ficou envaidecido?
Fiquei muito feliz de ter três, quatro clubes do Brasil atrás de mim.
Confiavam muito em mim, no meu futebol. Como falei, foi uma decisão
muito difícil. A gente pensou muito. Falei com família, amigos mais
íntimos e tomei essa decisão. Deu tudo certo. Agora é só dar alegrias
para a torcida do Flamengo.
A torcida do Flamengo, aliás, costuma ser fator preponderante para alguns jogadores. Qual sua avaliação sobre ela?
Joguei contra o Flamengo só no Olímpico. Naquela época estávamos na
Libertadores e éramos poupados do Brasileiro. Mas claro que a gente ouve
sempre sobre o Flamengo, o tamanho da torcida, a maior de todas. Isso
não tem discussão e me dá muita forças nessa chegada.
Então quando você chega?
Nessa sexta-feira faço exames médicos pela manhã. Depois volto para
Porto Alegre, busco meus materiais e vou para o Rio para ficar e começar
a treinar com os companheiros.
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