Por Site Oficial - Postado por Abraao Na Rede
Destaque contra o
Botafogo, meia diz que Mano enxerga sua qualidade para jogar na armação e espera mais chances: ‘Preciso de sequência’
O
jogo
contra o Botafogo foi só o décimo de Adryan na temporada. E é muito
representativo para o meia. Isso porque depois de um longo período ele,
enfim, foi escalado na posição em que se destacou na base do Flamengo e
da seleção brasileira. É na armação que o jogador de 18 anos sente-se à
vontade, algo que nos últimos tempos os treinadores do clube insistiam
em não perceber. Joel Santana, Dorival Júnior e Jorginho sempre
enxergaram no jogador um potencial de atacante de lado, um ponta pela
esquerda. Adryan acatou ordens, não rendeu e acabou sem espaço.
Nesse domingo, no empate por 1 a 1 com o Alvinegro, entrou
no lugar de Gabriel no intervalo e mudou o jogo. Foram dribles, enfiadas
de bola e dois chutes na trave. O técnico Mano Menezes gostou e elogiou
o
jogador após o clássico. Adryan se reencontrou.
- Fiquei feliz por
jogar
numa posição que me deixa à vontade. Gosto de jogar por trás dos
volantes adversários. Quando recebia a bola, sempre recebia livre, isso
me ajudou bastante. O Mano me colocou na mesma posição que joguei no
Mundial sub-17, no México. É ali que gosto de jogar. Mas os outros
treinadores me colocavam de atacante, aberto pelos lados. Vou falar que
não vou jogar? O que quero é jogar sempre, independentemente da posição,
mas me sinto à vontade jogando no meio, com uma referência no ataque,
como foi com o Marcelo Moreno contra o Botafogo – disse.
Agora que Mano achou sua posição, o meia quer mais oportunidades de
jogar. O rendimento no jogo de domingo o satisfez, mas ele garante que
ainda não é nada perto do que pode fazer.
- Com uma sequência de jogos, posso evoluir, ganhar confiança.
Preciso de uma sequência, mas isso quem define é o professor. Estou
bastante bem, feliz com a minha atuação. Mas não é nem um pouco do que
eu sei que posso dar. Sei que posso dar muito mais do que eu dei.
Certeza que com o tempo vou evoluindo.
Adryan conta que ele e Mano não chegaram a conversar sobre
posicionamento antes do jogo. O treinador percebeu que o rendimento dele
nos treinos era melhor como armador.
- Vou buscar meu espaço no time titular. Estou me sentindo mais
maduro, sei que tenho condição, mas preciso evoluir nos treinos, nos
jogos. Sei que tenho muito a melhorar.
Estreia no Maracanã e traves tiram o sono
O clássico não terminou para Adryan no apito do árbitro Péricles
Bassols Cortez. A noite foi longa, segundo ele. Primeiro pela estreia no
Maracanã, palco que frequentava como torcedor ainda criança.
- Nem na base eu tinha jogado no Maracanã, nem em amistoso. Fiquei
feliz de participar de um jogo oficial no Maracanã, um palco histórico
no Rio, no Brasil e no mundo. Cresci vendo jogos do Flamengo ali dentro.
Era algo que faltava, jogar com a camisa do Flamengo no Maracanã.
Agora, quero um título com o Flamengo. Vou trabalhar para isso.
As duas bolas na trave também causaram insônia.
- A noite foi longa, para dormir foi um sacrifício. No chute de fora
da área, foi muito rápido. Quando o Paulinho escorou para mim, bati, ela
resvalou na cabeça de alguém do Botafogo e encobriu o Jefferson. Parece
que o tempo parou até ela chegar na trave. O outro lance, dentro da
área, estava muito fácil. Acho que perdi porque estava absoluto. Eu bati
consciente, o Jefferson ficou só olhando, mas subiu demais. Foi gol
perdido mesmo.
Desde que foi promovido ao time profissional, no início de 2011,
Adryan tenta deixar para trás o rótulo de promessa. O lugar no campo ele
parece ter encontrado. Agora, tem de brilhar.