quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Zico e Dinamite: rivalidade só no Maracanã

Por O Dia - Postado por Abraao Na Rede

O reinado de Zico no Flamengo foi marcado por duelos memoráveis com Roberto Dinamite. Ídolo maior da história do Vasco, o atacante sempre foi uma sombra na trajetória vitoriosa do Galinho de Quintino. Rivalidade que ficou só dentro do Maracanã. Na véspera dos 60 anos de Zico, Dinamite fez questão de reverenciar seu antigo rival, hoje parceiro.
“Acima de qualquer rivalidade, foi muito bom jogar contra o Zico. Era uma motivação a mais saber que do outro lado havia um jogador que poderia desequilibrar a qualquer momento. Quero parabenizá-lo e desejar paz, saúde e sucesso em sua vida”, disse o presidente do Vasco.
Protagonistas dos principais duelos do futebol carioca nos anos 70 e 80, Zico e Dinamite tiveram curiosamente uma trajetória parecida no início de carreira. Subiram para o profissional no mesmo ano, 1971, eram capitães de seus clubes e goleadores natos. E, cinco anos depois de estrear no profissional, a dupla se encontrou na seleção brasileira.
“Na Seleção, tivemos a oportunidade de jogar em 76 e 77. Foi sempre um prazer jogar com o Zico, pela qualidade que tinha, pelo talento, sua visão de jogo. Foi muito legal. Só lamento não ter jogado com ele a Copa de 82, mas são coisas do futebol”, lamentou Dinamite, que, apesar de fazer parte do grupo da Seleção no Mundial, não disputou nenhuma partida.
Perguntado sobre os jogos mais emocionantes contra Zico, Dinamite elegeu a final do Campeonato Carioca de 1981.
“O Flamengo tinha naquela época o melhor time de sua história. Vencê-los era muito difícil, ainda mais ganhar duas vezes seguidas. Assim também como era muito difícil bater o Vasco três vezes”, relembrou. “Mas conseguimos. Fiz os dois gols do primeiro jogo e, no segundo, marquei aos 43 do segundo tempo, quando a torcida do Flamengo já gritava é campeão. A gente poderia ter chegado lá se não fosse o ladrilheiro que invadiu o campo no terceiro jogo (vitória do Flamengo por 2 a 1)”.
Trinta e dois anos depois, o respeito e a admiração pelo Galinho continuam bem vivos: “Quando a bola rolava, a rivalidade era do primeiro minuto até o fim, mas sempre de uma forma saudável. Havia respeito e ao mesmo tempo admiração. Nunca precisamos criticar um ao outro. Eu quero dizer que esse duelo me honrou muito”.
Mais do que honra, Dinamite coloca o Galinho na galeria dos maiores craques do futebol brasileiro.
“Ele era completo. Inclusive, depois de Pelé, foi o mais completo que já existiu”, disse à “TV Fla”.

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