sábado, 23 de março de 2013

Flamengo tem gestão coletiva, presidente ‘tímido’ e Wallim como mentor

Por Uol - Postado por Abraao Na Rede

A atual diretoria do Flamengo não é como as habituais. O discurso de que o modelo é mais importante que as pessoas é aplicado diretamente na forma como as decisões são tomadas na gestão. Embora seja guiada pelo discreto presidente Eduardo Bandeira de Mello, o grupo que comanda o Rubro-negro desde os últimos dias do ano passado conta com Wallim Vasconcellos como mentor, além de outros líderes.
“É uma gestão coletiva. As decisões são tomadas em consenso. Cada vice toca seus projetos, mas sempre relata o que está acontecendo para o conselho. Todos os vices discutem as questões do clube”, disse o vice-presidente de futebol Wallim Vasconcelos ao UOL Esporte.
O atual comandante do futebol rubro-negro é a figura de maior influência na atual diretoria. Ex-diretor do BNDES, Wallim era o candidato original da chapa azul, que venceu as eleições com Eduardo Bandeira de Mello em dezembro. Na ocasião, o nome do dirigente foi vetado pelo Conselho de Administração do clube por não ter, no momento, cinco anos consecutivos como sócio.
Mesmo com o discurso coletivo, a figura de Wallim é a mais presente da atual gestão na mídia. O vice de futebol concede mais entrevistas e é visto como a face pública da administração. Além disso, é menos introvertido que Bandeira de Mello.
O presidente, por sinal, é dono de um perfil bastante discreto. De pouca estatura, fala mansa e reservado, o mandatário aparece publicamente em raras ocasiões. Seu nome foi sugerido para o cargo mais alto da hierarquia rubro-negra por Wallim, que trabalhou junto de Bandeira de Mello no BNDES.
“A minha relação com Eduardo [Bandeira de Mello] é de mais de 20 anos. Trabalhamos juntos no BNDES”, descreve Wallim, que destaca a postura não centralizadora do presidente. “Não é o perfil dele [ser centralizador], nunca foi assim. Somos um colegiado, mas ele [Eduardo Bandeira de Mello] sabe de todas as decisões”, conta.
Ainda segundo o dirigente, embora exista a possibilidade na teoria, uma inversão nos cargos em uma futura eleição é improvável. A tendência é que Eduardo Bandeira de Mello seja candidato natural à reeleição para que o grupo prossiga com seu projeto de profissionalização no poder.
“A próxima eleição é somente em 2015, mas a tendência natural é que o Eduardo seja o nosso candidato. Se tudo der certo, como esperamos que aconteça. Queremos que as ideias permaneçam. Que exista uma continuidade de nossos projetos e filosofia”, diz o dirigente, que descarta qualquer incômodo por ter cargo hierarquicamente abaixo do companheiro.
“O importante é que a nossa chapa ganhou as eleições”, decretou. “Não tem nenhuma vaidade entre ninguém. Este não é um projeto pessoal de ninguém aqui. Isso não afeta a vaidade de ninguém”, encerrou.

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