Postador por: abraaonarede.blogspot.com
Boa noite,
A saída do Dorival Júnior só não deve ter surpreendido a uma pessoa: o próprio Dorival. Há uma frase de Muricy Ramalho, dita à época em que dirigia o time do São Paulo, que se aplica a esta situação: “mais da metade das coisas que acontecem em um clube, o torcedor não tem a menor idéia”, disse ele. Pois está absolutamente certo, embora neste caso o primeiro episódio que resultou na saída do Dorival tenha sido compreendido de outra forma e exaltado por muita gente. Falo daquele célebre gesto do Paulo Henrique Ganso na final do Campeonato Paulista, contra o Santo André, quando ele disse que não iria deixar o campo, apesar do pedido contrário do treinador. Vitórias e títulos, ensina o futebol, apagam qualquer problema. Foi o que aconteceu naquele momento.
Mas neste dia, em episódio que muitos entenderam ser demonstração de maturidade e altivez, o Dorival começou a balançar no comando do Santos. Foi um processo longo, daqueles que ocorrem na área política, e terminam com a queda do ministro. Ao tentar demonstrar sua autoridade, o Dorival quis testar o quanto ainda ela valia neste elenco que ele ajudou a projetar e colaborou para que conquistasse o título da Copa do Brasil e, antecipadamente, garantisse vaga na Libertadores.
O que preocupa é a maneira como o Neymar administrará este episódio. Quem o cerca, mas não se comporta como súdito, deve ajudá-lo a não se achar o todo poderoso, o homem acima do bem e do mal. Claro que vai ter muita gente dizendo que o Neymar “é o cara” e que ele pode tudo. Tomara que não acredite. Se acreditar, o promissor Neymar pode encurtar uma carreira que mal começou. Há muita estrada pela frente e tudo leva a crer que ela a pavimentará muito bem. Mas a crença no que disserem os súditos, pode levar a estrada a ter mais buracos do que asfalto.
Vocês nao concordam?
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