Para os rubro-negros, a eliminação não foi apenas dolorosa. Foi, no mínimo, curiosa.
Não chegou a ser injusta, porque o Ceará, que não é timinho, tem torcida e camisa, mostrou qualidades nos dois jogos. Talvez até mais no primeiro, fora de casa.
Mas o Flamengo dançou exatamente quando fez duas atuações que estiveram muito longe de suas piores do ano. No Carioca, andou vencendo algumas sem merecer.
Na Copa do Brasil, ao contrário, perdeu em contra-ataques no Rio. E empatou em duas bobeadas defensivas no Ceará.
No mais, dominou quase o jogo todo na casa do adversário e lutou muito. Thiago Neves fez grande partida, e por pouco não se consagrou. Até Ronaldinho, que virou alvo dos rubro-negros, deu ótimos passes e ensaiou arrancadas. Se Fernando Henrique não estivesse em duas noites de gala, certamente o desfecho seria outro.
Não há razão para depressão. Mas ficam as lições.
Primeiro, entender que não será possível passar o ano inteiro sem um único bom lateral-esquerdo no elenco.
Segundo, concluir que o fato de testar, tentar, e revezar 58 centro-avantes diferentes não vai fazer com que algum deles se torne, algum dia, centro-avante titular para o Flamengo.
Sim, é preciso contratar.
Mas Luxemburgo, que acerta mais do que erra, estava certo de novo quando previu na véspera do jogo: o mundo não acaba com a eliminação. Claro que não.
O time ainda é bom. E até agora, sejamos justos, vinha dando pro gasto.
Mas para o Brasileiro, vai ser preciso um pouco mais.
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