terça-feira, 3 de maio de 2011

Passa A Régua, Fecha a Conta. Tá Tudo no Nosso Nome.

Por Arthur Muhlenberg - Postado por Abraao Na Rede

Uma das melhores coisas da vida é ver o Mengão Fuderosão dando volta olímpica. E uma das segundas melhores é ver a mulambada malvestida ateando fogos às vestes e ameaçando nunca mais ir ao estádio. Hahahah, até parece que antes de serem nossos heptavices eles estavam indo.

Faz sentido a revolta das bigodudas, o que os mulambos da camisa feiona fizeram ontem no Vazião foi uma vergonha inominável. Que se Neném Prancha, filósofo e aforista maior do futebol pátrio, estivesse vivo diria: O pênalti é tão importante que só o Flamengo deveria bater.

Espero que ontem todos vocês tenham comemorado bastante o nosso 32o titulo do Carioca. Longe de mim querer cortar a onda de quem tá se divertindo, mas a verdade deve ser dita. Depois de amanhã ninguém mais se lembrará dessa conquista. Ninguém fora os vascaínos, lógico, que chuparão essa manga amarga durante meses a fio, enquanto amaldiçoam Dinamite, Eurico, o Marquês de Pombal e o Conde de Marialva.

E o Carioca 2011 será esquecido não porque é um campeonato tecnicamente fraco e economicamente inviável que sobrevive até hoje com esse formato acromegálico e idiota porque o Mengão, sempre ele, carrega 15 clubes, a federação, o arbitral e o tribunalzinho Playmobil de justiça desportiva nas suas costas largas. O Carioca 2011 será esquecido com brevidade porque é uma competição que perdeu a capacidade de surpreender ao público.

O Flamengo pode ser o pai, o filho e o espírito santo do futebol carioca, mas não coloquem nele a culpa pela debâcle do carioqueta. O Flamengo é o menos culpado, porque é o que mais leva a sério, aliás o único, a competição paroquial. E por isso mesmo que ano sim, ano também, quando não acontece alguma anomalia inexplicável, o Mengão está levantando a taça a fazendo a arcoirizada carioca cultivar novas úlceras.

Louve-se também a nossa bondade. No papel de faz tudo do futebol carioca o Flamengo em 2011 não apenas passou o rodo e estabeleceu parâmetros de invencibilidade que dificilmente serão alcançados pelas mulambadas locais nas próximas décadas. O Flamengo também soube ser generoso e distribuiu, com notável equanimidade, vice campeonatos a todos os primos pobres.

Teve vice da Tacinha Guanabarinha pro Boa Vista, teve vice carioca pras ineptas moçoilas do Flor e, como não podia deixar de ser, teve vice da Taça Rio pro bacalhau imundo. Só não teve vice pro Foguinho, que se comportou mal e vai ficar de castigo até o Brasileiro ouvindo as empolgantes exortações de Milhouse antes de cada casados x solteiros que se disputar em Soldado Severiano até a aurora do Campeonato Brasileiro.

Pra não dizerem que não falei no fraquíssimo Vasco, o mais fraco que já vi em toda minha vida, só digo uma coisa: se for pra jogarem mais uma final desse jeito contra o magnifico Flamengo Empalador é melhor fechar logo aquela merda e se dedicarem à compra e venda de garrafas e jornal velho. Não entendo como um time que em passado recente já foi até considerado rival do Flamengo pode se deixar submergir na irrelevância e na pequenez de maneira tão débil, sem ao menos se debater.

A torcida do Vice, que ao contrário do que sempre digo aqui, é uma torcida de tamanho considerável e uma das maiores do Brasil civilizado, ao invés de ficar nos invejando doentiamente e arrumando briga com a Magnética, deveria tocar o terror lá na pocilga de São Janú e botar a sua incompetentíssima cartolada pra capinar. Não digo isso pra ser bonzinho, digo isso porque o Flamengo precisa que sua baranga continue viva e que tenha um mínimo de competitividade, sob pena de matarmos a galinha dos ovos de ouro.

Vamos cortar a conversa fiada por aqui. O Carioca está no saco, estão todos de parabéns. Agora que não existem mais dúvidas sobre quem tem o melhor time do Estado do Rio a próxima meta do Mengão é ser declarado o melhor time do Estado do Ceará. Vamos partir pra cima das cabeçudas.

Mengão Sempre

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