segunda-feira, 9 de maio de 2011

Leia e entenda, o que ZICO representa pro Flamengo

Por Fla Eternamente - Postado por Abraao Na Rede

Zico não cansava de quebrar recordes no Flamengo. Com 22 anos, já tinha feito mais de cem gols. Com 24, já era o segundo maior artilheiro da história do Flamengo. Em 1979, com 26 anos, bateu vários recordes: superou Dida e tornou-se o maior artilheiro da história rubro-negra, superou os trezentos gols (ele viria a superar os quinhentos) e, além do mais, com 81 gols, tornou-se o recordista máximo de gols numa única temporada. Naquele ano, houve mais um recorde: a sexta temporada consecutiva como artilheiro rubro-negro no ano. Cinco vezes consecutivas como artilheiro do Flamengo na temporada, só Nonô, entre 1921 e 1925, e Pirilo, entre 1941 e 1945, haviam conseguido. Silvio Pirilo chegou a uma sexta vez, em 1947 (em 1946, Perácio fez mais que ele). Leônidas da Silva fora por quatro, entre 1937 e 1940. E Dida, apesar de segundo maior artilheiro da história, foi por três, em 1958, 1959 e 1962 (Henrique e Gérson foram, respectivamente, os goleadores máximos em 1959 e 1960). Zico chegou à sua 6ª vez consecutiva, de 1974 a 1979, algo que ninguém havia conseguido na Gávea.

Ele poderia se dar por satisfeito, mas, para felicidade rubro-negra, os tempos áureos sequer haviam começado, e ele não parou por aí... Com Zico arrasador, o Flamengo bateu um recorde no biênio 1978/79 que dificilmente será repetido. Venceu sete turnos consecutivos do Campeonato Carioca. Foi tricampeão sem permitir a realização de uma final em nenhum dos três campeonatos.

Nestes tempos, havia quem afirmasse que ele era craque de laboratório próprio Zico afirmou em sua biografia, era preciso matar um leão por domingo.(em alusão ao tratamento para que ele ganhasse massa muscular, feito pelo departamento médico do Flamengo). A imprensa de São Paulo contestava sua presença na seleção brasileira, Zico seria apenas jogador de Maracanã.

Só quando ele foi três vezes campeão brasileiro, uma vez da Libertadores e uma vez do Mundial, é que estes argumentos foram sendo derrubados. Na Copa do Mundo de 1982, formou um dos maiores meios de campo da história do futebol mundial – Toninho Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico – mas não conquistou o Mundial pela seleção. Ele era um craque completo. Os números só confirmam aquilo que os olhos contemporâneos a seus dias de glória tiveram a felicidade de ver ao vivo.

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