sábado, 3 de março de 2012

Cascão zela pela limpeza no ambiente do Flamengo

Por Jornal Extra - Postado por Abraao Na Rede

Pequeno diante do maior time da história do Flamengo, Paulo César Coutinho, o Cascão, ainda tem as mãos estendidas para seus ídolos como no tempo em que era mascote rubro-negro. Com o passar de três décadas depois evidenciado pelos cabelos grisalhos, Cascão acumula muito mais responsabilidades do que simplesmente reforçar a corrente na entrada do time em campo. Atual vice de futebol, eternamente ligado à geração de Zico e Júnior, o filho do saudoso técnico Claúdio Coutinho tenta usar os laços do passado para refazer o bom ambiente de outrora.

Na virada dos anos 70 para os 80, o
Flamengo estava na vangaurada como um centro de formação de talentos e de boas relações humanas. Do apogeu para a queda, o clube passou a ser referência de crises, intrigas e da prevalência dos interesses pessoiais sobre o compromisso com a institução. Ao voltar à rotina do futebol rubro-negro, Cascão percebeu que a distância, salvo pela capacidade técnica dos jogadores, não é tão grande quanto os 30 anos que separam o clube de seus melhores momentos.

Paulo Cesar Coutinho

- De fora, a gente ouve relatos que não se confirmam na relação com os
jogadores. O ambiente que encontrei aqui é o melhor possível - disse, entusiasmado com os desafios que estão por vir. - A colaboração do grupo tem sido muito grande. Desde o carnaval, estão todos trabalhando sem folga, longe da família e por isso não dá para simplesmente esquecer dos erros que nos prejudicaram.

Cascão fala da arbitragem de Felipe Gomes da Silva na derrota de virada por 2 a 1 para o Boavista na noite da última quarta-feira, quando o Flamengo sofreu um gol com a mão e teve Willians lesionado por uma entrada desleal de Tony, que recebeu
apenas cartão amarelo. Apesar dos

protestos enérgicos, o dirigente usa também da serenidade para tirar força do momento difícil. Depois do jogo de domingo, contra o Duque de Caxias, em Macaé, o Flamengo entra numa série decisiva pela Libertadores e pelo Estadual que vão exigir muito mais do equilíbrio emocional dos jogadores. Entre os confrontos internacionais das duas próximas quintas-feira com Emelec e Olimpia, o Flamengo enfrenta o Fluminense daqui a dois domingos - todos os jogos serão no Engenhão.

- Os problemas com o Boavista foram um bom laboratório porque a Libertadores é pior ainda. Da situação
negativa, acabamos tirando algo de positivo que é a necessidade de trabalhar a nossa temperança, para não colaborar com os adversários que querem nos fazer perder a calma.

Mesmo que não se sinta tão confiante como nos tempos em que entrava em campo lado de tantos craques, Cascão ainda pisa no gramado com o mesmo compromisso de vencer, que está expresso no hino do clube. Aos 43 anos, é lembrado até hoje por torcedores de sua geração como um representante privilegiado de tantos rubro-negros que gostariam de estar ao seu lado. Espécie de embaixador do encanto da juventude com
seus ídolos, o vice de futebol estende a mão para que o Flamengo de hoje estabeleça novos laços com a sua torcida. Depois de ganhar o apelido pela capacidade de sair imundo dos treinos - na verdade, eram os jogadores que o atiravam no chão quando já estava de roupa trocada - o herdeiro das melhores tradições rubro-negras pode ser tratado por uma nova alcunha. No lugar da sujeira e da lama associadas ao futebol de hoje, Cascão chegou para zelar pela limpeza do ambiente:

- O trabalho tem sido o melhor possível.

Ao longo de sua história,
o Flamengo ficou conhecido pela capacidade de união e solidariedade entre aqueles que vestem sua camisa. Seja como mascote ou cartola, Paulo César Coutinho pode dar uma mãozinha para que o time saia bem na foto.

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