sexta-feira, 23 de março de 2012

Thomás: bagagem para se firmar no Flamengo em 2012

Antes de chegar ao profissional aos 18 anos, atacante rubro-negro jogou por time infantil da Roma (ITA)

Por Lancepress - Postado por Abraao Na Rede

No dia 15 de agosto de 2006, Thomás, com apenas 13 anos, era aguardado na Itália para treinar no time infantil da Roma. Os três meses na capital do país serviram de experiência para o garoto. Bagagem essa que ele usa para suportar o momento de afirmação no clube de maior torcida do Brasil.

Thomas no Roma

Na busca por um espaço entre os titulares do Flamengo, o atacante recorda-se dos primeiros passos no futebol, quando teve a
oportunidade de ir bem cedo para a Europa.

Depois de chamar a atenção do Botafogo em um jogo pelo Sport, de Juiz de Fora (MG), e acertar a transferência para o clube carioca, em 2006, Thomás recebeu um convite que o deixou surpreso.

– Um empresário me viu jogando pelo Botafogo. Eu já tinha passaporte italiano e ele me levou para ficar um tempo lá. Levei minha família também, ficando com meus pais – contou o jogador.

O clube italiano foi responsável pelos gastos com moradia tanto do jovem quanto da família. Thomás chegou a morar em
um hotel, porque ainda não havia idade para ficar na concentração com os demais garotos da Roma.

– Na concentração só podia morar acima de 15 anos. Colocaram uma pessoa que me levava e buscava para o treino e ficava à disposição. Apresentaram-me a cidade toda. O clube foi legal – lembrou Thomás.

Nos três meses no tradicional clube italiano, Thomás foi titular do infantil e até disputou uma competição local.

No dia a dia, ainda sobrava tempo para que o aspirante a profissional observasse alguns renomados jogadores que estava habituado apenas a ver pela televisão.

– Eu sempre ficava vendo Doni, Mancini e Totti. Treinávamos no mesmo centro de treinamentos. Havia também o Júlio Sérgio, que era reserva, mas tinha contato – comentou.

Thomás poderia ter repetido os passos de outros jovens que foram cedo para a Europa e, posteriormente, mais maduros, despontaram até em clubes de pontas.

O atacante, porém, tomou uma outra decisão. Escolha acertada, na opinião do jogador. Afinal, pouco mais de um ano depois ele chegaria ao Fla e, aos 18, subiria para o time cima:

– Não me arrependo. Prefiro como está hoje, fazendo minha carreira no
Brasil, para um dia ser reconhecido, ganhar títulos e me consagrar aqui. Depois, pensarei em ir para fora de novo.

Estudos aliados à carreira de jogador

Filho mais novo de Otávio e Denise, Thomás seguiu uma carreira diferente da dos irmãos. Enquanto Bárbara e Leandro optaram pela carreira acadêmica, o jovem não abdicou do sonho de se tornar jogador de futebol.

O aviso definitivo aos pais foi feito depois dos 13 anos, mas quando era mais novo o caçula já demonstrava seu lado boleiro.

Thomas

– Às vezes, tinha algum jogo
na escolinha e eu falava com meu pai que não poderia ir à escola, porque precisava me concentrar – contou.

Apesar do apoio, a família Bedinelli sempre cobrou dedicação de Thomás nos estudos. No ano passado, ele concluiu o terceiro ano do ensino médio:

– Meus pais sempre me falaram que tinha de estudar, queria isso também e eu consegui conciliar as coisas, me formando.

BATE-BOLA

Thomás
Em entrevista exclusiva ao LANCENET!

Por que você não continuou na Roma e decidiu voltar?
Fiquei treinando com os garotos da minha idade. Disputei até alguns jogos de
um campeonato lá. Estava tudo dando certo, tinha sido aprovado, estava lá. Mas quando meus pais voltaram, não aguentei ficar sozinho em outro país, porque era muito novo e acabei voltando depois de um tempo.

E como foi parar no Flamengo depois que retornou para o Brasil?
As coisas no Botafogo deram certo, mas eu sempre tive a vontade de jogar pelo Flamengo. Quando surgiu o convite, eu fui para o clube no fim de 2007. Fiz uma partida contra eles (Flamengo) e depois do jogo me convidaram para vir jogar aqui.

Como está encarando esse processo de
afirmação no Flamengo?
Venho amadurecendo. No ano passado, joguei e voltei a jogar de novo. A mudança de técnico no começo do ano foi a primeira que tive. Também nunca tinha passado pelas turbulências que tiveram. Mas tenho aprendido com os caras na convivência. Tanto com Joel, quanto com Luxemburgo aprendi muito também. Cada vez mais venho amadurecendo, pegando experiência para ir melhorando. Ronaldo Torres tem aprimorado minha parte física, já peguei o timing do profissional e estou preparado para o que ele precisar.

Nenhum comentário: