O Bernardo disse uma coisa no penúltimo post que todo mundo concordou: criticar não é exatamente a mesma coisa que torcer contra. Então só pra manter a isonomia, a amizade e a babaquice em níveis aceitáveis deveríamos admitir que não ficar se descabelando que nem um idiota por causa de campeonato carioca não indica conformismo, chapabranquismo ou uma incurável mediocridade nas aspirações da vida. São apenas maneiras diferentes de encarar uma situação.
Apesar dos milhões de gatomestres que não pensam como eu, continuo achando que a nossa invencibilidade é essencialmente positiva e que não atrapalha em nada. Ou que, pelo menos, a invencibilidade atrapalha menos que uma derrota. E acho também que a critica excessiva, a tempestade em copo d’água, principalmente a critica pirracenta e infantilóide, baseada muito mais no eu quero do que no nós precisamos, atrapalha o time mais do que ajuda.
Pode ser que não tenha nada a ver, mas não creio que seja apenas coincidência que o time tenha caído de produção justamente quando começou essa imensa palhaçada de Adriano. Tomara que essa página idiota da nossa história tenha sido virada. Se não foi, azar de quem ainda tá nessa lama, chorando por jogador que já não tem nada a ver com o Flamengo. A fila anda, graças a Deus.
Sou sempre muito agradecido à torcida do Flamengo, sem a qual eu nada seria. Mas me reservo o direito de acha-la, muitas vezes, chata, burra e excessivamente maria-vai-com-as-outras pro meu gosto. Um ponto de vista talvez controverso que não me impede de dizer um milhão de obrigados a todos que votaram no meu humilde twitterzinho no Shorty Awards 2011. Se ano passado chegamos à final como se fossemos o Boavista (a 4a força do futebol carioca) esse ano fizemos feio e acabamos como os filhos da bigoduda, em desonroso segundo lugar. Que fase, Flamengo.
Tá tranquilo, de perto ninguém é normal. Do mesmo jeito que Adriano passou, Vanderlei, Patrícia e até Negueba também vão passar. A única coisa que vai ficar é o Flamengo. E, claro, a nossa torcida. Se não for incômodo pra vocês, peço licença pra continuar torcendo pelo Flamengo do meu jeito. E que cada um encontre o seu.
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