Camisa 1 começou trajetória em 1997 e hoje é o maior goleiro-artilheiro do mundo. Conheça como foi a caminhada do recordista até o centésimo tento
Rogério Ceni comemora o primeiro gol da carreira, em 1997, contra o União São João (Gazeta Press)
Quando Adnan viu a bola balançar sua rede no cantinho inferior esquerdo, e na sequência observou a corrida enlouquecida de um jovem jogador pelo campo, não imaginava que ali começava a trajetória do camisa 1 mais goleador do mundo: Rogério Ceni, que começou a caminhada com este gol de falta, contra o União São João, no dia 15 de fevereiro de 1997, e agora está comemorando o centésimo da carreira - ele marcou o segundo gol são-paulino na vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, no último domingo, pelo Campeonato Paulista.
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Em 14 anos de bolas na rede, Ceni celebrou 100 gols, mas alguns foram especiais. Em 2000 ele anotou um no empate por 2 a 2 com o Santos, na final do Campeonato Paulista . Carlos Germano foi a vítima do arqueiro, que levantou a taça da competição. Em outro torneio em que ergueu um troféu importante, o camisa 1 foi ovacionado mundialmente: ele marcou nas semifinais do Mundial de Clubes em 2005, contra o Al-Ittihad, de pênalti, no Japão. Esta temporada, tão vitoriosa para o clube, foi a melhor do jogador, que anotou 21 gols, seu maior recorde por ano.
Em 2005, faz gol no Mundial de Clubes e ainda volta para o Brasil como campeão (Reuters)
No dia em que fez dois diante do Cruzeiro, em 2006, ele superou outra escrita ao ultrapassar o paraguaio Chilavert, passando a ser o goleiro com mais gols marcados no planeta, com 63 tentos. A marca poderia ter vindo antes, mas a Fifa não reconhece dois gols de Ceni, marcados em amistosos com a camisa do São Paulo: um em 1998, contra um combinado de Santos e Flamengo, no Morumbi, e outro em 2000, contra o Uralan (RUS), pelo torneio Constantino Cury. Recentemente, o Tricolor reforçou, em um comunicado oficial, que estes dois gols valem para o clube, e aquele do recorde passou a ser o de número 65 nas contas do time.
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No mesmo jogo contra a Raposa, o ídolo são-paulino inovou ao fazer um gol com a bola rolando. Ele tocou para Souza, que ajeitou para o chute preciso no lado esquerdo de Fábio (assista ao vídeo sobre a atuação de Ceni neste jogo). Por essa nenhum torcedor esperava! Nem mesmo Fábio. Ele, aliás, tem participação importante na trajetória do recordista, pois foi o goleiro que mais sofreu bolas na rede de Ceni: seis. Mas o time que tem o tricolor como carrasco é o arquirrival Palmeiras, que sofreu sete, com Marcos (4), Sérgio (2) e Diego Cavalieri. O que Ceni ainda não conseguiu na carreira foi anotar três em uma só partida. Bem que ele chegou perto contra o Tigres (MEX), pela Libertadores de 2005, quando fez dois de falta e perdeu um pênalti.
Rogério Ceni comemora o centésimo gol com a camisa são-paulina (Wander Roberto / VIPCOMM)
Até o ano passado, quando Ceni fazia um gol, era sinal de que o São Paulo não perderia a partida. Isso mudou na derrota para o Once Caldas por 2 a 1, em Manizales, pela Libertadores. O goleiro fez o dele de falta, mas não conseguiu evitar dois gols do adversário. Aquele foi o gol 90 e iniciou a contagem regressiva para o centésimo, anotado neste domingo, contra o rival Corinthians, na Arena Barueri.
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