terça-feira, 22 de março de 2011

No 'Jogo do Ano', Flu luta contra crise sem fim e maldição na Libertadores

Em 1971 e 1985, quando também chegou à competição como campeão brasileiro, clube não passou da primeira fase

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro - Postado por Abraao Na Rede

O técnico Muricy Ramalho anunciou sua saída do Fluminense no último dia 13 de março. Mais de uma semana depois, a crise ainda parece longe de deixar as Laranjeiras. Depois de a diretoria atirar para todos os lados e ver quase todas as ofertas serem recusadas, o Tricolor recebe o América do México nesta quarta-feira, às 21h50h, no Engenhão, pela Copa Libertadores. Naquele que já pode ser considerado o 'Jogo do Ano', o time provavelmente ainda não terá um comandante e lutará para quebrar uma maldição.

Aconteceu em 1971, em 1985 e pode se repetir em 2011. Nas outras duas vezes em que chegou à Libertadores como atual campeão brasileiro, o Fluminense sequer passou da primeira fase. Para evitar nova eliminação precoce, o Tricolor precisa vencer o América do México de qualquer jeito para embolar o grupo 3. Atualmente, a equipe é a lanterna da chave, com apenas dois pontos em três. Em caso de empate ou derrota diante dos mexicanos, o clube das Laranjeiras ainda não estará matematicamente eliminado. Mas precisará de um milagre para se classificar, conseguindo duas vitórias fora de casa e ainda dependendo de outros resultados.

Em 1971, em sua primeira participação na Libertadores, o Fluminense até conseguiu uma boa campanha na primeira fase, com quatro vitórias e duas derrotas. Mas naquela época só o primeiro do grupo, no caso o Palmeiras, se classificava. Em 1985, novamente como atual campeão brasileiro, o Tricolor não chegou nem perto da vaga. Em seis jogos, três derrotas, dois empates e apenas um triunfo A Libertadores de 2008 foi a única em que o Tricolor avançou para a segudna fase. Em compensação, o time também só foi parado na grande decisão, pela LDU, do Equador. A última vez que o atual campeão brasileiro foi eliminado logo na fase de grupos foi há nove anos, em 2002, quando o Atlético-PR venceu apenas um de seus seis jogos.

Desfalques e uma boa notícia

Para o jogo decisivo, o Fluminense provavelmente não poderá contar com o lateral-esquerdo Carlinhos e com o zagueiro Leandro Euzébio. O segundo, com uma entorse no joelho direito, deixou as Laranjeiras de muletas nesta segunda-feira e está fora da partida. Já Carlinhos, que torceu o tornozelo esquerdo, ainda será reavaliado pelo departamento médico, mas dificilmente terá condições de atuar. A tendência é que Julio César e Digão fiquem com as vagas. Em compensação, Deco voltará a ser relacionado após dois meses e deve começar a partida no banco de reservas.

Nesta segunda-feira, o clube chegou a anunciar a contratação de Gilson Kleina, que posteriormente veio a não ser liberado por seu atual clube, a Ponte Preta. A expectativa é que o presidente Peter Siemsen se pronuncie sobre o caso nesta terça. Se nenhum treinador for anunciado até o jogo, é provável que Enderson Moreira, anunciado como novo auxiliar-técnico permanente do clube, comande a equipe à beira do campo. Resta saber se a crise interna não afastará mais uma vez o torcedor tricolor das arquibancadas. O clube ainda não divulgou uma parcial de venda de ingressos.

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