Por Arthur Muhlenberg - Postado por Abraao Na Rede
Bem amigos, dando prosseguimento à nossa campanha contra a chinelagem temática trago um assunto de veraz importância para estimular a douta e ponderada discussão entre rubro-negros, uma característica distintiva de nosso humilde bloguinho.
Com o imoral fechamento do Maracanã, uma tragédia politico-administrativa em 5 atos cujos danos ao tecido social carioca ainda não foram devidamente avaliados, o Flamengo ficou sem lugar pra jogar. Acho muito simpáticos todos os campinhos por onde o Fuderoso tem mambembado durante o carioqueta, mas admitamos, são todos eles palcos indignos de receberem adequadamente ao multitudinário arrasta-povo vermelho e preto.
Desde setembro de 2009 que geral sabia que o Maraca ia fechar. Ainda assim a direção do Flamengo desde então tem se comportado como se tivesse recebido ontem à noite um telegrama da FIFA avisando que ia ter Copa do Mundo no Brasil. E o pior, parece que não acreditaram no telegrama.
Alguém aí ouviu falar de um planejamento sério para diminuir os efeitos negativos causados pelo fato do Flamengo ter sido condenado à ficar 3 anos jogando fora de casa e longe de sua torcida nativa? Ninguém fez nada, ninguém procurou alternativas que considerassem os aspectos financeiros e desportivos, só empurraram com a barriga. Hoje ainda estão estudando a viabilidade de mandar alguns jogos fora da cidade e do estado do Rio.
Falam de Macaé como se a Mahagony papa-goiaba fosse a terra prometida de Jules Rimet. Ah!, que falta nos faz um Bertolt Brecht na crônica esportiva brasileira. Com o material que teria à mão suo frio só de imaginar as conscientizantes pornochanchadas socialistas com que o alemão estaria iluminando a lumpem mulambada.
Na moral, o nome disso é amadorismo. Desde 2009 que as receitas do Flamengo com ingressos tem diminuído de maneira assustadora, mas não surpreendente. Já que essa maneira de tratar a torcida que vai aos jogos, além de ser uma péssima forma de lidar com o seu cliente, é de uma irresponsabilidade financeira inaceitável nos ditames do moderno futebol business que todos dizem seguir. Enquanto o Brasil inteiro anseia por uma oportunidade ver o Mengão de perto o Flamengo está jogando dinheiro pela janela como se fosse o filho estróina que Bill Gates teve fora do casamento.
Tá na hora da cartolada parar de brincar de casinha e encontrar o modelo econômico que faça o Mengão ganhar dinheiro mesmo sem o Maracanã. Patrícia, Velloso e quem mais se apresentar pro esporro: Chega de papo, chega de estudo. Alguém precisa ver isso aí urgentemente. Porque não se sabe se o Flamengo vai aguentar mais 2 anos de prodigalidade.
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