sábado, 2 de abril de 2011

"Quando chegar à Seleção, não saio mais", diz volante do Fla

Por Vitor Machado - Postado por Abraao Na Rede

Com a força de um touro, Willians não costuma levar olé. Símbolo de raça, o jogador, que retorna ao time neste sábado, contra o Duque de Caxias, às 18h30, no Engenhão, é a cara do Flamengo 2011. Depois de se destacar como ladrão de bolas nos dois últimos Brasileiros, o volante está ainda mais forte. No Estadual, é o campeão em desarmes: 84. Este ano, ganhou três quilos de massa muscular. Mas nem o volante sabe de onde vem esse vigor.

"A força vem de dentro. Nem eu sei. Deus me deu essas condições e só tenho a agradecer", disse o volante, com 72 kg e de contrato renovado até 2015, que mostra excesso de confiança ao falar de Seleção Brasileira. "Quando eu chegar, não saio mais", afirmou, em um recado a Mano Menezes.

Entre as suas deficiências, porém, está o passe, consequência de ele não ter passado pelas divisões de base. Willians começou a jogar futebol aos 17 anos, após ser descoberto por um olheiro do Santos num time de várzea, em 2005. E logo já fazia parte do profissional B do clube. De lá, foi para o Santo André e, em 2009, chegou à Gávea, quando foi campeão estadual e brasileiro.

Até na várzea Willians se destacava pelo vigor físico. Mesmo no time amador, já era o carregador de piano. Antes, porém, não sabia controlar a força. Por isso, exagerava nas faltas. Aos poucos, foi pegando o jeito. Sorte a dele, porque, mesmo antes de ser descoberto, já alimentava a esperança de conseguir, no futebol, mudar de vida.

"Eu já tinha o sonho de jogar. A minha mãe falava que eu já tinha passado da idade e queria que eu trabalhasse para ajudar a família. Somos sete irmãos. Mas sempre bati o pé. Não queria saber de trabalho, e nem estudava mais", contou o jogador.

Corintiano quando criança, Willians tinha Marcelinho Carioca como ídolo. E teve a chance de jogar com ele no Santo André, onde também foi companheiro de Fernando, volante que manteve a saúde física até depois dos 40 anos. "Ele tinha uma força de menino. Aprendi muito com ele".

Nenhum comentário: