Time não toma conhecimento de algoz argentino, brilha em Sete
Lagoas e estreia asumindo a liderança do Grupo 7 da Libertadores
Uma noite para torcedor celeste nenhum esquecer. Diante do algoz da decisão da Taça Libertadores de 2009, o Cruzeiro ignorou o clima de revanche e tratou apenas de jogar futebol. E que futebol. A Raposa arrasou o Estudiantes por 5 a 0, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Pelo segundo jogo consecutivo, torcedores do Cruzeiro atiraram objetos no gramado. No clássico somente com a torcida cruzeirense, pedras foram atiradas contra os jogadores atleticanos. Desta vez, um chinelo foi atirado ao gramado, e o Cruzeiro corre o risco de perder mando de campo.
O triunfo ameniza a derrota por 4 a 3 no clássico para o Atlético-MG, pelo estadual, no último sábado. O time celeste volta a campo pela Libertadores na próxima terça-feira, quando encara o Guaraní, do Paraguai, às 19h15m (de Brasília), em Sete Lagoas. Pelo Mineiro, a Raposa enfrenta o Ipatinga, sábado, às 17h, também na Arena do Jacaré.
Foi só Verón pisar no gramado para sentir a revolta da torcida, ainda ressentida pela derrota na final de 2009. Os cruzeirenses não pouparam o maior ídolo do Estudiantes, que escutou muitos palavrões. Cuca surpreendeu a todos na escalação: sacou o lateral-esquerdo Diego Renan para colocar o experiente Gilberto na posição. Com isso, Roger ficou com uma vaga no meio-campo.
No ataque, o treinador apostou em Wallyson, que vem entrando bem no estadual, e deixou Thiago Ribeiro no banco. E não demorou um minuto para a estrela de Cuca - e, também, do atacante - brilhar. Wallyson recebeu na entrada da área, chutou em cima do zagueiro, e a bola encobriu o goleiro Orion.
Após o gol, o Cruzeiro deu campo ao Estudiantes, que não soube aproveitar. Aos 17 minutos, Montillo se livrou da marcação e lançou Roger, que driblou Verón e chutou rasteiro no canto direito para ampliar. O segundo gol jogou um balde de água fria nos argentinos. E a Raposa passou a abusar dos contra-ataques pelo lado direito, nas costas de Re. Montillo e Roger comandavam as ações do jogo.
E foi em mais um contra-ataque que o Cruzeiro marcou o terceiro. Desta vez pela esquerda, Roger recebeu de Henrique, cruzou rasteiro para Montillo, que driblou o goleiro e só teve o trabalho de empurrar para as redes.
Mais dois pra fechar
Com o placar construído, o Cruzeiro apenas se preocupou em continuar saindo nos contra-ataques. E logo aos 14 minutos, Montillo ampliou o placar em um falha bisonha de Orión. O argentino chutou rasteiro de longe, e o arqueiro do Estudiantes aceitou.
O time argentino estava completamente entregue. Seus jogadores não conseguiam armar nenhuma jogada que levasse perigo ao gol de Fábio. Somente Pérez teve a chance de sair na cara de Fábio em uma falha de Victorino, mas o atacante argentino chutou em cima do goleiro celeste.
A cada escanteio ou falta perto do alambrado, vários torcedores corriam para ficar mais perto de Verón para xingá-lo. Mas se o que importava era bola na rede, Wallyson fechou o placar aos 38 minutos, após boa jogada de Thiago Ribeiro, e lavou a alma dos cruzeirenses. Mão cheia em Sete Lagoas.
Fábio; Pablo, Gil, Victorino e Gilberto (Diego Renan); Marquinhos Paraná, Henrique, Roger (Dudu) e Montillo; Wallyson e Wellington Paulista (Thiago Ribeiro). | Orion; Frederico Fernandez, Desábato e Re; Mercado, Braña, Leandro Benitez, Nelson Benitez (Nunez) e Verón; Pérez e Gastón Fernandez |
Técnico: Cuca | Técnico: Eduardo Berizzo |
Motivo: Taça Libertadores. Data: 16/02/2011. Horário: 22h (de Brasília). Árbitro: Carlos Amarilla | |
Público: 10.955 pagantes Cartões amarelos: Wellington Paulista, Marquinhos Paraná, Gil, Henrique (Cruzeiro); Braña, Fernandéz, Desábato, Benitez (Estudiantes) | |
Gols: Walyson (Cruzeiro), aos 50 segundos; Roger (Cruzeiro), aos 18 e Montillo (Cruzeiro) aos 39 do primeiro tempo; Montillo, aos 14, e Wallyson, aos 37 minutos do segundo tempo |
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