Partida está marcada para as 22h desta quarta-feira, no Estádio Olímpico
Renato Gaúcho lembrou Libertadores de 1983
Na terça-feira da semana passada Renato Gaúcho ingressou no Estádio Centenário, em Montevidéu, e silenciou. Caminhou lentamente pelo gramado, até o círculo central, e parou.
Virou-se para as arquibancadas onde ficariam os gremistas, depois mirou o setor destinado aos torcedores uruguaios, e por fim contemplou as cabines de imprensa e o monumento em homenagem aos 16 participantes da Copa do Mundo de 1930.
Respeitando o que parecia um ritual do chefe, os jogadores não o interromperam de imediato. Mas a curiosidade sobressaiu-se, e a pergunta sobre o motivo da pausa trouxe de volta o treinador do Grêmio ao mundo real. Renato respondeu:
- Aqui eu já fiz história.
Renato referia-se à primeira partida decisiva da Taça Libertadores de 1983. Naquele mesmo estádio o Grêmio empatou em 1 a 1 com o Peñarol, à época campeão mundial, garantindo com a vitória por 2 a 1 em Porto Alegre, dias depois, o primeiro título da América. O hoje técnico gremista vestia a camisa 7, número com o qual mostrou aos defensores alemães do Hamburgo como se joga o futebol brasileiro, levando o Grêmio também à conquista do Mundial Interclubes.
Sacralizar a cena de 28 anos atrás foi o prelúdio de um forte discurso. Renato Gaúcho mostrava aos jogadores do Grêmio que é possível fazer e tornar-se história pelo clube. Ganhar novamente a Libertadores é fundamental para aqueles que se candidatam à imortalidade tricolor. Libertadores é uma obsessão para os gremistas, para Renato, e assim ele quer que seja para os jogadores.
Às 22h desta quarta-feira, no Estádio Olímpico, o Grêmio recebe o Liverpool-URU inspirado em seu treinador. No jogo de ida, no histórico Centenário, houve empate em 2 a 2. Novo empate, por 0 a 0 ou 1 a 1, é suficiente para classificar os gaúchos ao Grupo 2 da competição continental, onde o esperam o Oriente Petrolero-BOL, o Junior Barranquilla-COL, e o León de Huánuco-PER.
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