quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cruzeirenses esquecem africanos e querem pódio na São Silvestre 2010

Treinador celeste acredita em vitória brasileira, mas não cinco estrelas

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte - Postado por Abraao Na Rede

Nem a chuva nem o frio do início da manhã impediram parte da equipe de corrida do Cruzeiro de fazer o último treino antes da São Silvestre nesta terça-feira, em Belo Horizonte. Oito atletas celestes participarão da principal maratona do Brasil.

Do grupo cruzeirense, o mais famoso é Franck Caldeira. Correndo por fora, vêm Valdir Sérgio de Oliveira e João Gari, que se destacaram em competições durante o ano. Os três esperam fazer bonito no próximo dia 31. No entanto, o técnico cruzeirense Alexandre Minardi não está tão otimista com lugares mais altos do pódio. Com quase 30 anos de experiência no atletismo, ele ainda corre atrás de seu primeiro título de São Silvestre e acha difícil que ele venha neste ano.

treino da equipe do Cruzeiro para a São Silvestre
Último treino da equipe do Cruzeiro para a São Silvestre (Fotos: Tarcísio Badaró / Globoesporte.com)

- O primeiro lugar não é impossível, mas está muito difícil. Antes, no Brasil, a legião queniana já era demais. Mesmo assim conseguíamos bons resultados. Só que agora piorou porque, além das feras quenianas, nós temos ainda etíopes, tanzanianos, marroquinos. E este ano está sujeito vir até da Eritréia. Se vier o tetracampeão mundial de meia maratona, Zersenay Tadese, sem chance do Brasil ser campeão.

Para Minardi, o atleta do Cruzeiro que chega mais preparado para esta competição é Franck Caldeira. Tricampeão da Volta Internacional da Pampulha e vencedor da São Silvestre em 2006, o mineiro de Sete Lagoas vem de uma temporada ruim, mas espera um bom rendimento em São Paulo para começar bem o novo ano. A expectativa é por um lugar no pódio.
Frank Caldeira no último treino antes da corrida de São  Silvestre
Frank Caldeira é sempre esperança de pódio

- É o que eu quero. Mas vai depender do momento, do dia. Eu conheço bem a prova, é uma competição difícil, em que você tem que estar 100% em todos os sentidos, tanto psicológico quanto físico. Fazer uma boa São Silvestre é o pensamento de todos os atletas. Mas, entre esses, sempre vai ter um que vai se sobressair. Esse ano o Brasil está forte e eu torço para que dê um brasileiro. Espero abrir 2011 com o pé direito. O ano de 2010 não foi 1000 para mim porque eu tive problemas na família, perdi minha mãe, tive alguns treinos que não consegui encaixar. Mas 2011 será melhor.

Bem menos conhecido que Franck Caldeira, o corredor João Gari não fica para trás na expectativa. Com apenas um ano e seis meses como atleta profissional, ele treina forte para chegar entre os primeiros na sua segunda São Silvestre.

- Eu corri no ano passado e acho que fiquei em 44º. Mas, eu estava no início de treinamento e com medo de ir para cima. Agora, eu estou indo mais confiante. O morro da Brigadeiro, por exemplo, eu imaginava um morro ‘mais em pé’. É um morro ‘em pé’, mas não é o que eu esperava. Então, agora já tenho uma noção do percurso.

João acredita que tem chances de pódio. Aposta que se repetir o ritmo dos treinamentos chegará lá. Já quanto à concorrência, o novato prefere nem se preocupar com as feras africanas.

- Para falar a verdade, nem sei os nomes. Mas não é bom saber também não (risos). Eu sei que tem africano, e isso já basta pra mim. A luta será contra eles.

Alexandre Minardi, técnico de atletismo do Cruzeiro
Alexandre Minardi treinando a estrela do Cruzeiro

O treinador cruzeirense arrisca um palpite sobre quem leva a prova.

- Claro que eu quero que o Franck Caldeira, que o João Gari, ou o Valdir vençam a São Silvestre. Mas é muito difícil. Se o Tadese não vier, podem vir todos os africanos que vai dar Brasil. Gostaria que fosse com o Cruzeiro, mas acho difícil. Vamos lutar por um pódio. O vencedor será o Marilson Gomes dos Santos. Pena que não é atleta meu. Eu creio que ele será tricampeão da São Silvestre.

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