quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Para Zico, CT é primeiro passo para repetir grandes glórias

Eleito melhor em campo na decisão do Mundial de 1981, Galinho diz que estrutura é fundamental


Postado por Abraao Na Rede
Zico é o grande ídolo da história do Flamengo

Zico é o grande ídolo da história do Flamengo

Quase três décadas já se passaram, mas para quem teve o prazer de ver a era de ouro do futebol rubro-negro, parece que foi ontem. Os lances de geniais de Zico e companhia ainda estão vivos na memória do torcedor do Flamengo, que neste dia 13 de dezembro vê a conquista do Mundial Interclubes de 1981 completar 29 anos. E para que novas conquistas desta dimensão venham, a receita quem dá é o próprio Galinho de Quintino.

Em entrevista exclusiva ao site oficial do Flamengo, Zico vê a consolidação de uma estrutura por trás do time de futebol como peça fundamental para a formação de novas gerações vencedoras. O eterno camisa 10 da Gávea, que apóia o projeto "Rubro-negro para sempre" e será o dono do tijolinho de número 10, além de ter garantido outros tijolos para toda a sua família, vê a finalização das obras no CT como um grande passo para isso.

"Acho que as possibilidades aumentam. Todos aqueles que foram campeões mundiais, se estruturaram para competir de igual para igual com os europeus. Quem ganhou título mundial realmente investiu. Não formou só um grande time, como também tinha estrutura, com condições para os profissionais e é isso o que queremos ver no Flamengo", disse.

Cria das categorias de base do Flamengo, assim como grande parte daquele grupo que conquistou o Campeonato Carioca, a Taça Libertadores e o Mundial Interclubes de 81, em menos de duas semanas, Zico diz que a harmonia e confiança entre jogadores e clube é outro fator que faz a diferença.

"A gente acreditou no clube. Querer ficar no clube e gostar do clube. Foi uma geração em que o clube também acreditou e essa parceria deu certo. Essa é a grande diferença. Na verdade, naquele time, tinham três gerações de base que formaram um grupo. Na partida contra o Liverpool, se não me engano, oito dos onze titulares eram da base", lembrou.

Só faltou a Nação - Torcedor rubro-negro desde a infância, Zico lembra que aquela decisão foi especial. Sentir o sabor de fazer do Flamengo o maior clube do mundo foi uma sensação ímpar para o Galinho. No entanto, segundo ele, faltou alguma coisa: a presença em massa da Nação. Afinal, do outro lado do mundo, era complicado saber da festa que acontecia no Brasil após a goleada de 3 a 0 sobre o Liverpool.

"A vontade naquele dia era de estar aqui no Brasil torcendo. Isso era o que a gente queria. Não tínhamos ideia do que acontecia aqui, até porque as coisas não eram como hoje, que a informação chega rápido. Lá não tínhamos como comemorar muito. Era tudo muito frio. Sabíamos da dimensão daquele título, mas a emoção faz a diferença, estar junto da torcida e isso fez falta. Mas foi um orgulho muito grande. Para mim, por ser torcedor, participar da maior conquista da história do clube, é inesquecível", observou o ídolo rubro-negro, que acredita que a nova fórmula de disputa do Mundial também é válida.

"Acho justo. Os grandes continentes são privilegiados ainda, porque jogam uma partida a menos, mas acho importante dar essa oportunidade a todos", completou.

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