Em um dos jogos mais melancólicos de sua história, Colorado tenta terminar o Mundial com o menor dos males
Inter tenta fechar Mundial de forma menos triste
A deprê vermelha deixa um recado simples: se realmente precisa acontecer, que acabe logo. Ao meio-dia deste sábado (pelo horário de Brasília), o Inter irá a campo no estádio da final, com clima de final, em dia de final: e para disputar o terceiro lugar. O duelo com o Seongnam Ilhwa, da Coreia do Sul, nem precisa começar para já ser, sem qualquer resquício de dúvida, um dos mais melancólicos da vida do Sport Club Internacional. Dos males, o menor: uma vitória amenizaria um pouco o fracasso de terça-feira.
O problema é catar ânimo para o jogo. A derrota de 2 a 0 para o Mazembe destruiu as estruturas do elenco colorado. Os jogadores mais ligados ao clube, casos de Tinga e Rafael Sobis, ficaram à beira da depressão. O atacante, no dia seguinte à partida, ainda chorava pelos corredores do hotel colorado. Os boleiros tentam se apegar à presença dos cerca de 10 mil colorados que foram aos Emirados Árabes para o Mundial. Sabem que precisam dar uma resposta a eles.
A disputa do terceiro lugar acontece no Zayed Sports City, mesmo palco da final (entre Internazionale e Mazembe), marcada para três horas depois. O GLOBOESPORTE.COM acompanha a decisão ao vivo e os principais lances em Tempo Real. O SporTV mostra para todo Brasil.
Fim de festa
É com clima de fim de festa que o Inter vai a campo neste sábado. Deve ser o último jogo do técnico Celso Roth no comando do time com o qual conquistou a Libertadores. E o mesmo pode acontecer com jogadores como Guiñazu (com lesão muscular, é dúvida) e Alecsandro.
Roth pretende repetir a base do time que perdeu para o Mazembe. E espera que sua equipe tenha melhor aproveitamento nas conclusões a gol, vistas por ele (e também pelos atletas) como a principal vilã da queda nas semifinais do Mundial.
- A gente para a toda hora e pensa na situação em que nos encontramos hoje. Faríamos tudo de novo, mas o que pensamos é nas oportunidades que tivemos e não conseguimos concluir. Talvez seja nisso que mais pensemos. Taticamente, entramos como deveríamos ter entrado – disse o meia Tinga.
O elenco se divide: parte gostaria que o jogo não existisse, parte vê na partida uma boa chance para diminuir a bomba atômica da eliminação para o Mazembe. Voltar a perder só pioraria as coisas.
- Vamos defender nossa dignidade, sei lá, nossa honra – afirmou Alecsandro logo depois da derrota para o Mazembe.
A forte presença de colorados em Abu Dhabi alerta o Inter de que perder não é uma boa ideia. A irritação da torcida pode piorar a imagem da passagem do clube por terras árabes.
Seongnam joga pela Ásia
Se para o Inter é humilhante disputar o terceiro lugar, para o Seongnam é a chance de fazer bonito. O time sul-coreano tratará uma eventual vitória neste sábado como um grande feito para o clube, para o país e até para o continente asiático.
- Ganhar será uma honra para nós, para toda a Ásia. Não só os europeus e os sul-americanos jogam em nível alto. Os asiáticos também. Será uma experiência muito boa – afirmou o técnico Tae-Yong Shin.
O Seongnam tem o meio-campista colombiano Molina, ex-Santos, em seu time titular. O jogador conhece bem o Inter e espera tirar proveito do abatimento colorado na partida.
- Creio que vai ser uma partida mais mental. A parte mental pode fazer a diferença. Não sei como está o Inter. Eles tinham muita expectativa de ser campeões do mundo, e agora disputam o terceiro lugar. Creio que estamos melhor mentalmente, então podemos ganhar – afirmou o camisa 11.
O Seongnam Ilhwa perdeu três jogadores para a disputa do terceiro lugar. Tae-Yong Shin não poderá contar com os zagueiros Sasa Ognenovski e Byung-Kuk Cho, além do volante Kwang-Jin Cheon. Todos estão lesionados.
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