quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Politicagem barata também no futebol

Por Vitor Birner - Postado por Abraao Na Rede

O noticiário que não é chapa-branca e trata de esporte estava tomado, pouco tempo atrás, de notícias envolvendo a Copa do Mundo-2014 e o presidente da CBF.

As promessas de que não haveria investimento público em estádios eram lembradas.

Discutia-se também as escolhas políticas, sem embasamento técnico e dependendo sem sequer um projeto, de sedes e estádios.

O Lance revelou o contrato que permitia ao Ricardo Teixeira ficar com o lucro da competição.

O cenário óbvio, previsível e feio, muito antes do início da maioria das obras (estão atrasadas, o que pode favorecer a liberação de verba pública em regime de urgência, situação conveniente se houver alguém disposto a desviar dinheiro), tomava a atenção de grande parte dos amantes do futebol.

Mudança de foco e contradição

E eis que surgiu o tema da unificação (prefiro rebatização) dos títulos nacionais.

A CBF, com o de costume, falhou nas decisões que têm a ver com bola rolando.

Tal qual escrevi noutra oportunidade, discordo da mudança de nome da Taça Brasil.

O Robertão realmente foi o embrião do campeonato brasileiro. Vale debater se deveria mudar de nome.

Mas, quando a CBF desconsidera o título flamenguista de 87, toda a discussão perde o sentido.

O que foi a Copa União? Um torneio estadual?

Por que a Taça Brasil, o Robertão e a Taça de Prata foram consideradas campeonato brasileiro e o torneio vencido pelo Flamengo em 87 não?

O Sport foi campeão naquela temporada também.

Alguém pode questionar que não há 2 campeões de brasileirão no mesmo em competições diferentes.

A CBF não tem esse direito, pois o Palmeiras venceu a Taça Brasil e o Robertão em 67, e ambas as conquistas foram rebatizadas.

Estratégia política e midiática?

Será que a posição da entidade mudará no momento que Ricardo Teixeira ganhar o apoio político da cartolagem flamenguista?

Quando ele prometeu dar a Taça das Bolinhas ao São Paulo, coisa que ainda não aconteceu, Patrícia Amorim ficou pressionada e corajosamente não mudou a postura.

E os assuntos desagradáveis da Copa do Mundo?

Esquecemos dele?

Caso sim, a quem interessa nossa memória imediatista?

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