Inter, Mundial de Clubes, final: três palavras que, combinadas, fariam qualquer colorado feliz. Mas o Inter da decisão é o italiano. A equipe de Milão fez 3 a 0 no Seongnam Ilhwa, da Coreia do Sul, e garantiu presença no jogo que decidirá quem manda no planeta. O adversário dos europeus é o Mazembe, algoz dos brasileiros. Ao Inter gaúcho, resta duelar com os asiáticos pelo terceiro lugar.
Stankovic, Zanetti e Diego Milito fizeram os gols da vitória do Internazionale na noite desta quarta-feira em Abu Dhabi, no Zayed Sport City, longe de receber a multidão com uma mesma cor de camisa que invadiu a cidade um dia antes – mas com o maior público do Mundial. A equipe italiana teve em campo os brasileiros Julio Cesar e Lúcio desde o início. Thiago Motta, com um minuto, entrou no lugar de Sneijder, lesionado.
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A decisão do Mundial será no sábado, às 15h (de Brasília), no mesmo estádio da semifinal desta quarta. Antes, às 12h, no mesmo local, o Inter duela com o Seongnam pelo terceiro lugar.
Nem foi preciso ter Sneijder
Wesley Sneijder, holandês, figura das mais geniais na última Copa do Mundo, ficou em campo por apenas um minuto, derrubado por lesão muscular. Não fez falta. O Inter de Milão teve força de sobra para enterrar seu desfalque e passar por cima dos coreanos no primeiro tempo. Não foi genial, mas teve competência. Mais do que dar passes, teve profundidade; mais do que girar, se aproximou do gol; mais do que colecionar chances de gol, as converteu. Algum Inter teria que fazer isso no Mundial. Foi o italiano.
O Seongnam, é bem verdade, incomodou. Mas os italianos tiveram a vantagem de fazer 1 a 0 muito cedo. Eram dois minutos de jogo quando Stankovic, o sérvio bom de bola do Inter, invadiu a área e desviou do goleiro Sung Ryong Jung. Estava aberto o caminho milanês para a vitória.
Confira a tabela atualizada do Mundial de Clubes após as semifinais
O jogo se arrastou por meia-hora entre o primeiro e o segundo gol dos italianos. Os europeus tiveram o controle da bola, mas ameaçaram pouco. Os coreanos não conseguiram reagir. Quando a torcida começava a ficar entediada, um raio de talento iluminou o gramado. E talento argentino. Zanetti acionou Milito, Milito tocou de calcanhar, Zanetti marcou. Golaço.
Sneijder sente dor e sai com um minuto (Foto: AFP)
Os coreanos tiveram que abrir bem os olhos, sob pena de serem goleados já no primeiro tempo. A reação deles foi atacar para não serem atacados. Foram quatro boas chances de gol. Molina ameaçou em duas cobranças de falta, Radoncic forçou Julio Cesar a fazer difícil defesa e Kuk Sung Choi quase marcou de cabeça. Mas a bola não entrou. E o Internazionale foi para o vestiário com a vaga quase garantida.
Milito fecha a conta: 3 a 0
Se os argentinos do Inter brasileiro pouco fizeram, os compatriotas deles no xará italiano foram decisivos. O gol de Zanetti ganhou a companhia de mais uma bola na rede com o talento dos hermanos, desta vez com Diego Milito. Foi aos 27 minutos. Eto’o bateu forte, o goleiro espalmou e o atacante argentino completou.
O gol representou o enterro definitivo das esperanças coreanas. O curioso é o que o Seongnam, a exemplo do primeiro tempo, teve chances de gol. Em uma delas, o camisa 30, Cheol Jae Jo, mandou com perigo, por cima. Em outra, Byung Kuk Cho mandou pancada de falta, Julio Cesar espalmou e Radoncic, no rebote, completou para fora.
Quase 40 mil pessoas viram os italianos controlarem o jogo, deixarem o tempo passar, dominarem os ponteiros do relógio sem grande esforço. A vaga estava garantida. Tem Inter na final do Mundial. Mas um só, e é o italiano.
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