Por G1 SP - Postado por Abraao Na Rede
A dona de casa Roseane Mércia dos Santos Teixeira, mãe de Stéphanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, morta no dia 3 de dezembro após ter vaselina injetada em sua corrente sanguínea, disse na manhã desta segunda-feira (13) em entrevista ao programa Mais Você, da Rede Globo, que não consegue perdoar a auxiliar de enfermagem responsável pelo atendimento.
“No momento, eu não consigo perdoar a falta de atenção dela. Eu não consigo”, afirmou a dona de casa. Ainda bastante abalada, ela contou que também não consegue ver o que ocorreu com sua filha apenas como uma fatalidade. “Scho que ela devia estar lendo. Vi a diferença do líquido na mesa, de longe, quando minha filha estava tomando a primeira medicação. Por que ela não viu, que é enfermeira? Isso me revolta.”
Roseane Mércia dos Santos Teixeira disse que não costumava utilizar os serviços do Hospital São Luiz Gonzaga, na Zona Norte de São Paulo. No dia 3 de dezembro, ela procurou ajuda médica porque a filha apresentava sintomas de virose. Ela já tinha tomado duas doses de soro e estava melhor, quando uma terceira foi injetada na corrente sanguínea da garota.
A menina, que estava sentada na cama, começou então a reclamar. “Mãe, a minha língua está formigando. Minha garganta está adormecendo”, contou a mãe.
Outro lado
A auxiliar de enfermagem Cátia Aragaki, de 26 anos, aceitou conversar com a reportagem do Fantástico deste domingo (12) e disse que foi induzida ao erro devido à semelhança dos rótulos das embalagens de soro e vaselina. “A parte do meio [do armário do hospital] é só soro. Sempre teve só soro”, afirmou. “Então, eu agachei. Esse soro estava na última prateleira. Enfiei a mão dentro do armário, peguei duas garrafas que estavam uma do lado da outra, voltei para a sala de hidratação, que é onde a menina estava”.
As garrafas a que auxiliar de enfermagem se refere são praticamente idênticas. “Fui colocar as garrafas em cima da mesa. Eu olhei uma garrafa e vi: ‘solução de reparação’, que é o soro. E na outra eu olhei, mas eu não vi. Eu acreditei, eu jurava de pés juntos que as duas garrafas se tratavam da mesma coisa. De soro”.
A auxiliar de enfermagem foi indiciada por homicídio culposo, porque não tinha a intenção de matar a criança. A pena prevista para o crime é de um a três anos de detenção.
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