sábado, 9 de julho de 2011

Cuidado Abelão! Os Cavaleiros do Apocalipse Vestem Vermelho e Preto.

Por Arthur Muhlenberg - Postado por Abraao Na Rede

Tadinhas das moças do Flor, mal colocaram suas cabecinhas cheias de balaiage pra fora do buraco onde se meteram por completa inadaptação a um ecossistema hostil ao qual não pertencem por direito (A Série A) e já vão ter que bater de frente com o cruel Flamengão Semeador de Crises e Master Demitidor de Técnicos. Os números não mentem e estão aí mesmo pra quem quiser dar um confere.

No Brasileiro 2011 jogar com o Flamengo (e ser naturalmente doutrinado por ele) é a mesma coisa que abrir a porta do Departamento Pessoal para fazer as contas de seus treinadores. Carpegiani, o ex-treinador da bambizonas que depois do Mundial de 81 nunca mais deu uma volta olímpica na vida, foi apenas a vítima mais recente do Mengão Ceifador de Cabeças de Professor. Se o Abel, futuro ex-treinador do Flor, ficar de gracinha já pode ir ligando pra agência de viagens e remarcado aquela passagem de volta para ir se Quatar.

Para analisar o Fla-Flor que se avizinha nem vou considerar os aspectos morais que envolvem o clássico. É até covardia comparar as reputações do sempre leal, amigo de fé, irmão camarada, ferrenho cumpridor de leis e implacável pegador Clube de Regatas do Flamengo com os reprováveis foragidos da Segundona que se escondem da Justiça nos ermos infestados de ratos de Laranjópolis e que não são muito chegados ao esporte.

Essa estória de comparar Flamengo com o Florminense já encheu o saco, todo mundo sabe que desde 1911 o Fla-Flor simboliza a luta do bem contra o mal. Se nem sempre o bem ganha de goleada é porque vivemos numa sociedade pervertida que idolatra o mão-grandismo e a bandidagem. Principalmente quando praticados pelos ricos com a conivência das pusilânimes e facilmente subornáveis autoridades constituídas. Além do mais os juízes roubam.

Concentremo-nos pois, apenas nos aspectos futebolísticos do prélio. Não vai ser fácil, porque não dá nem pra comparar as duas equipes. Uma é a sensação do campeonato, com um elenco estelar, técnico de grife e uma camisa maneiríssima sem máculas mercantilistas. A outra é uma equipe medíocre e sem carisma, da camisa berrante e apertadinha que pisoteou o espírito olímpico e vendeu a alma ao capeta para ser dirigida pelos seus patrocinadores sem coração.

O Flamengo, no sapatinho frenético, vem em franca ascensão e a cada rodada galga parâmetros. O amontoado de estrelas que parecia ter esquecido o caminho das vitórias começou a se entender e já começa a se comportar como um verdadeiro time. Um time onde as vaidades e as esquisitices de seus popstars ficam em segundo plano em prol do bem comum. E sem para isso precisar abandonar a esbórnia, o goró e a mulherada. Um verdadeiro exemplo de equilíbrio no mundo do esporte.

Olhem bem para Felipe, Léo Moura, Wellinton, Angelim, Junior César, Willians, Aírton, Renato, Botinelli, Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Negueba, Deivid, Diego Maurício et caterva. De perto nenhum deles é normal, e alguns nem de longe. Mas esse grupo de esquisitos taí na humildade, desprezando o convencional, cagando pras críticas, fazendo seu serviço e entregando as encomendas. Tocando o terror e doutrinando impiedosamente a arcoirizada mal vestida e invejosa. E ainda invictos na competição.

O Flamengo é um time moderno, de mente aberta e sem preconceitos. Uma referencia comportamental que demonstra a cada jogo, no campo e na arquibancada, que os diferentes e os outsiders podem ter sucesso numa sociedade que ainda rejeita os que fogem aos padrões preestabelecidos. E pra completar em grande estilo a nossa temporada comemorativa da Tolerância e da Liberdade de Orientação Sexual vamos dar logo uma boa chinelada na bunda das tricoletas pra que elas se lembrem que futebol é jogo pra homem.

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