quarta-feira, 6 de julho de 2011

Último dos moicanos: Angelim permanece firme e forte no ônibus do Flamengo

Zagueiro é o único jogador do elenco que usa o transporte do clube para ir aos treinos no CT de Vargem Grande

Por Site Oficial - Postado por Abraao Na Rede

Os jogadores de futebol são conhecidos por terem carros de luxo. No noticiário esportivo, é muito comum vê-los deixando o centro de treinamentos dos seus times a bordo de utilitários importados. Mas com Ronaldo Angelim, não. De volta ao time titular do Flamengo nas duas últimas rodadas, o "Magro de Aço" nunca mudou sua postura: sempre foi o mesmo enquanto titular absoluto e quando passou pela reserva. E a ‘carona’ no ônibus oficial do clube para ir
aos treinos no centro de treinamento, em Vargem Grande, também continua fazendo parte de sua rotina.

Angelim

Diferente do estereótipo do boleiro, Angelim lembra com carinho da companhia que teve, durante muito tempo. Atualmente, ele é o único jogador que utiliza o transporte, que sai da Gávea para o CT rubro-negro em todos os dias de trabalho.

"Antes eu ia com o Léo Medeiros, Juan e Lomba. Chegou a ter o Elder e o Rodrigo Arroz também. Mas eles seguiram seu caminho. Todo mundo foi saindo e eu acabei ficando sozinho. Só restou
eu mesmo. Sigo aqui resistindo no ônibus do Flamengo. Estou resistindo ao tempo", brincou o camisa 4.

Solitário, ao menos quanto a presença de jogadores, Angelim só sente a falta de umas partidinhas de baralho, o que sempre foi comum na ida aos treinos.

"Agora isso fica mais complicado. Antes íamos jogando baralho e hoje tenho que pensar em outras formas para passar o tempo. Quase sempre a melhor maneira é descansar. Na volta é diferente. Dá para jogar umas partidinhas com os seguranças, massagistas e fisioterapeutas, que retornam no ônibus", explicou.

Quem pensa que a decisão
do zagueiro foi tomada por economia, já que não precisa gastar combustível, está enganado. Sereno, Angelim explica que gosta mesmo é de fugir do estresse que é dirigir no Rio de Janeiro, principalmente no horário do rush.

"Sei que muitos acham que faço isso por economia, mas não. O centro de treinamento é longe da minha casa e, de ônibus, dá para descansar. Eu volto me divertindo, sempre com boas conversas com o pessoal da comissão técnica. De carro eu fico mais tenso. Tem que ter atenção com o trânsito e ainda tem o engarrafamento, que não é nem
um pouco bom. Esse é o principal. Tem dias que demoramos duas horas para voltar para a Gávea. É mais confortável", disse Angelim.

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